Universidade reconhece direito dos estudantes recusarem vivissecção em animais

Nos últimos anos, cientistas e especialistas vêm se empenhando em buscar métodos alternativos aos testes em animais.

A exemplo desse avanço pelo fim dos testes em animais temos:

Mais recentemente, este ano, um curta-metragem impactou muita gente chamando a atenção para a triste e cruel realidade dos animais usados em laboratórios:

Agora, temos uma boa notícia que vem da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, que contribuirá para reduzir o sacrifício e a vivissecção de animais em laboratórios, e ao mesmo tempo, respeitar o direito dos discentes (alunos) em se recusarem a executar testes cruéis envolvendo animais durante os estudos.

O ponto de partida dessa decisão teve início em 13/7/21, através de uma audiência pública realizada pela Comissão de Regulamentação da Objeção de Consciência na UFRRJ, apresentando a minuta sobre a deliberação para a objeção de consciência ao uso de animais nas aulas práticas desta Universidade.

Confira o teor da minuta para elaboração da regulamentação da objeção da consciência -> AQUI

A audiência pública destacando os pontos fundamentais para a regulamentação da objeção de consciência foi apresentada na live abaixo:

Essa audiência pública envolveu especialistas que defendem o direito dos estudantes de optarem por NÃO usar os animais para práticas de experimentação.

Nesta audiência foi levantada a questão de que para reivindicar esse direito, o estudante pode se valer da cláusula de objeção de consciência prescrita na Constituição Federal que dá margem ao aluno apresentar um trabalho substitutivo, realizado SEM o uso de animais, permitindo que seja avaliado pelos professores, e ser isento de prejuízos nesta avaliação.

O mediador dessa audiência pública, professor Luciano Alonso (ICBS/UFRRJ), destacou tópicos presentes na minuta e orientou os estudantes a como procederem quando NÃO quiserem utilizar os animais nas práticas do curso, bem como elucidou os métodos alternativos e substitutivos ao uso de animais em diferentes disciplinas.

A respeito dessa questão Luciano Alonso declarou:

“O que se propõe é um ambiente de harmonia, de tranquilidade e construção do conhecimento, de avanço dos métodos científicos, incluindo a possibilidade de substituição do uso de animais .”

Após todas estas etapas a UFRRJ efetivou o Regulamento da Objeção de Consciência que foi aprovado em 30 de Julho de 2021, estendendo a todos os seus cursos que envolvam atividades com animais.

Veja o conteúdo definindo esta regulamentação ->AQUI

Joshua Dylan, aluno do curso de Medicina Veterinária da Rural e membro da Comissão na UFRRJ, foi um dos que defendeu a extensão da regulamentação para toda a Universidade, declarando:

“Para os estudantes é de extrema importância que a objeção ganhe visibilidade, pois se trata de um avanço na proteção aos direitos individuais, no que tange à liberdade de crença, e um refinamento da democracia na proteção às minorias dentro da instituição.”

Com mais esse avanço, agora é torcer e divulgar para que essa medida sirva de exemplo e se espalhe por todas as universidades brasileiras, contribuindo para um ensino mais humano, sensível e ético com todos os seres.

Conheça outros avanços pelo fim da crueldade envolvendo experimentos em animais, nos conteúdos abaixo:

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