Torre de 42 metros de altura mede a pureza do ar amazônico
Quem não gostaria de ter um vizinho como o Parque Estadual do Cantão? O parque está colado ao norte da Ilha do Bananal. É famoso por reunir um pedaço de Cerrado, da Floresta Amazônica e até do Pantanal. É uma raridade ter três biomas numa mesma área.
O Cantão tem esse nome porque fica num cantinho muito especial do Tocantins, bem na divisa com o Pará. Mas o que marca o lugar é o que acontece fora do período chuvoso. Na seca, além de belas praias, surge uma sequência de lagos a perder de vista. São mais de 800.
Os lagos funcionam como uma espécie de berçário do Rio Araguaia. Os peixes vão para lá em época de reprodução. Quando o parque foi criado, há 20 anos, nem todas as famílias que viviam dentro da área saíram.
A equipe do Globo Repórter foi até a um lugar no Cantão que mede a qualidade do ar naquela parte do Brasil: uma torre de 42 metros de altura. É equivalente a um prédio de 14 andares.
Pesquisadores monitoram se as árvores estão conseguindo absorver o gás carbônico que está na atmosfera. O excesso do gás provoca o efeito estufa, que aquece o planeta.
Para encarar essa estrutura gigante de ferro e aço, é preciso um equipamento usado para escalar montanhas ou descer cachoeiras. Na primeira parada, um pesquisador baixa os dados para o computador.
Um pouco mais acima está a segunda estação de pesquisa. O equipamento mede a concentração de gás carbônico em todo o perfil da torre.
Um último aparelho mede a velocidade e a direção do vento. E marca o ponto mais alto da torre. A paisagem é belíssima.
Os dados coletados são enviados para a Universidade de São Paulo. Conclusões preliminares mostram que as árvores da Ilha do Bananal estão dando conta de absorver o gás carbônico.
Torre no Parque do Cantão monitora se árvores estão conseguindo absorver gás carbônico
