Telemedicina do programa “Círculo do Coração” da PB é destaque na imprensa pernambucana

A telemedicina do programa “Círculo do Coração”, implantado pelo Governo do Estado, foi destaque na imprensa pernambucana neste final de semana. O Jornal do Commercio e a TV Jornal, do mesmo grupo de Comunicação, ressaltou o sucesso do projeto, que já diagnosticou e salvou centenas de recém-nascidos cardiopatas na Paraíba desde o início de seu funcionamento, em outubro de 2011. A iniciativa será alvo de pesquisa científica da revista da Organização Mundial de Saúde (OMS), servindo de exemplo para vários países.

O “Círculo do Coração” é resultado de uma parceria entre o Governo da Paraíba e a ONG Círculo do Coração, do Recife (PE), por meio da Rede de Cardiologia Pediátrica Pernambuco-Paraíba. As matérias, publicadas no jornal e exibidas na TV, nesse sábado (10), lembram como a situação dos bebês cardiopatas era grave antes da implantação do programa. “Durante muitos anos, a carência de cardiologistas na Paraíba resultou em estatísticas negativas para o Estado e provocou situações como ‘a fila da morte’. De tanto esperar atendimento ou cirurgia, crianças com cardiopatia congênita morriam. Algumas delas antes mesmo de serem diagnosticadas”, destacou.

O Jornal do Commercio falou da melhoria do serviço de saúde depois que os pediatras paraibanos e cardiologistas pernambucanos passaram a trabalhar em conjunto, por meio de webconferências. “Hoje, toda criança que nasce em maternidade pública da Paraíba é submetida a um exame que detecta se ela tem ou poderá desenvolver cardiopatia. E, caso necessário, passa a ser acompanhada por profissionais dos dois Estados” explicou.

A Caravana do Coração, realizada anualmente na Paraíba, também dentro do programa, foi outro ponto enfatizado na matéria do jornal e da TV. “Uma equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, professores e estudantes universitários) percorre várias cidades do interior da Paraíba, levando atendimento e exames”, registrou a imprensa pernambucana.

A TV Jornal chegou a lembrar ainda do sucesso dos mutirões de cirurgia com crianças cardiopatas, realizados pelo programa “Círculo do Coração”, em uma unidade de saúde inaugurada pelo Governo da Paraíba . “A partir deste ano, a Rede passou a realizar também mutirões de cirurgia. Em maio, a equipe pernambucana fez 23 cirurgias em duas semanas. E em setembro, 26 crianças foram operadas. Os procedimentos são realizados no Hospital Geral de Mamanguape, Zona da Mata paraibana”, destacou.

Destaque internacional e exemplo para países

Outro ponto ressaltado pela imprensa pernambucana foi o reconhecimento internacional do programa implantado pelo Governo da Paraíba. “O grande reconhecimento, porém, veio recentemente: em agosto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) notificou a Rede, comunicando que publicará uma pesquisa científica sobre o programa na sua revista e o trabalho realizado pela equipe servirá de exemplo para vários países”, registrou a matéria do Jornal do Commercio.

A Rede de Cardiologia fica interligada em período integral, como destacou a imprensa pernambucana. “Dentro do Real Hospital Português (RHP), no Recife, existe uma sala com telões e acesso à internet, de onde os cardiologistas podem entrar em contato com profissionais (cardiologistas, pediatras e clínicos gerais) da Paraíba, onde 21 unidades de saúde – 20 maternidades, mais o Complexo de Pediatria Arlinda Marques, em João Pessoa – possuem estrutura para realizar atendimentos”, registrou.

Nos casos de urgência, os médicos pernambucanos podem também ser acionados pelo que há de mais moderno em tecnologia de comunicação, como ressaltaram as matérias dos dois veículos. “Quando há emergências, os cardiologistas pernambucanos são acionados pelos profissionais da Paraíba e podem atender da sala do RHP ou de onde estiverem, por meio de um programa instalado em computadores, iPhones e iPads. O programa permite a interação entre os grupos numa sala virtual”, enfatizou.

Confira, na íntegra, a matéria do Jornal do Commercio:

Telemedicina salva vidas de crianças cardiopatas na Paraíba

Diariamente, Sandra Mattos se conecta com profissionais da Paraíba / Sérgio Bernardo/JC ImagemDiariamente, Sandra Mattos se conecta com profissionais da Paraíba (Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem)

 

Durante muitos anos, a carência de cardiologistas na Paraíba resultou em estatísticas negativas para o Estado e provocou situações como “a fila da morte”. De tanto esperar atendimento ou cirurgia, crianças com cardiopatia congênita morriam. Algumas delas antes mesmo de serem diagnosticadas. Mas, há quatro anos, médicos de Pernambuco, Estado vizinho, apresentaram uma solução que transformou essa realidade. Desde a assinatura de um convênio entre o governo da Paraíba e a organização não governamental pernambucana Círculo do Coração, em outubro de 2011, cardiologistas pernambucanos passaram a acompanhar, por meio de webconferências, pacientes de vários municípios paraibanos. Assim surgiu a Rede de Cardiologia Pediátrica Pernambuco-Paraíba. Hoje, toda criança que nasce em maternidade pública da Paraíba é submetida a um exame que detecta se ela tem ou poderá desenvolver cardiopatia. E, caso necessário, passa a ser acompanhada por profissionais dos dois Estados. O sucesso do projeto chamou a atenção de muita gente. O grande reconhecimento, porém, veio recentemente: em agosto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) notificou a Rede, comunicando que publicará uma pesquisa científica sobre o programa na sua revista e o trabalho realizado pela equipe servirá de exemplo para vários países.

“Ficamos muito felizes por ver uma mudança de paradigma em relação à maneira como os pacientes pediátricos com cardiopatias são tratados na Paraíba. A criança com problema cardíaco é uma criança grave, mas existem limitações em relação ao tratamento, no mundo inteiro. Sobretudo nos países em desenvolvimento, nas regiões mais carentes, mais distantes dos grandes centros”, declara a idealizadora do projeto, cardiologista Sandra Mattos.

Para encurtar a distância entre os dois Estados, a Rede de Cardiologia fica interligada em período integral. Dentro do Real Hospital Português (RHP), no Recife, existe uma sala com telões e acesso à internet, de onde os cardiologistas podem entrar em contato com profissionais (cardiologistas, pediatras e clínicos gerais) da Paraíba, onde 21 unidades de saúde – 20 maternidades, mais o Complexo de Pediatria Arlinda Marques, em João Pessoa – possuem estrutura para realizar atendimentos. “Temos uma rede interligada e, por meio de webconferências, fazemos a discussão de casos de pacientes que nascem com suspeita de problemas cardíacos. Procuramos acompanhar esses casos. Ficamos ligados com os centros 24 horas por dia. Em alguns horários preestabelecidos, temos ambulatórios. Nos organizamos de forma a atendermos, semanalmente, todos os polos”, explica Sandra Mattos.

Quando há emergências, os cardiologistas pernambucanos são acionados pelos profissionais da Paraíba e podem atender da sala do RHP ou de onde estiverem, por meio de um programa instalado em computadores, iPhones e iPads. O programa permite a interação entre os grupos numa sala virtual.

Anualmente, é realizada a Caravana do Coração, na qual uma equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, professores e estudantes universitários) percorre várias cidades do interior da Paraíba, levando atendimento e exames. Desde o lançamento do programa, três caravanas aconteceram. A última, em julho deste ano, percorreu 13 cidades e atendeu 1.042 pacientes, entre crianças e gestantes. A partir deste ano, a Rede passou a realizar também mutirões de cirurgia. Em maio, a equipe pernambucana fez 23 cirurgias em duas semanas. E em setembro, 26 crianças foram operadas. Os procedimentos são realizados no Hospital Geral de Mamanguape, Zona da Mata paraibana.

O assessor técnico de gabinete da Secretaria de Saúde da Paraíba, Mário Toscano, classifica como radical a mudança na assistência às crianças cardiopatas. “Havia um problema grave: crianças tinham a saúde complicada por cardiopatias e tínhamos que providenciar o deslocamento, já que nas suas cidades não havia estrutura. Por isso, muitos pacientes morriam. Hoje praticamente 100% das crianças, quando nascem, já têm avaliação feita na maternidade”, salienta. Em João Pessoa, Campina Grande (Agreste) e Patos (Sertão) funcionam os três grandes polos de atendimento, onde há toda a estrutura para a feitura dos exames. Nos outros municípios, os testes são feitos graças aos Ecotáxis, três malas com equipamentos de exames, que circulam pelas maternidades credenciadas. Além de contarem com o apoio dos cardiologistas pernambucanos, os médicos paraibanos passam por capacitações e ficam aptos para realizar os exames e detectar as patologias.

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