Mulheres têm papel fundamental na luta contra mudanças climáticas

A população feminina é a mais afetada pelos desastres causados pelas mudanças climáticas em todo o mundo. Dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC*) mostram que as mulheres compõem 72% do total de pessoas que estão em condições extremas de pobreza e também das mais vulneráveis a eventos climáticos extremos como secas, inundações e furacões, por exemplo.

Apesar de a América Latina apresentar melhores taxas de igualdade entre homens e mulheres em comparação com outras regiões, a disparidade ainda é grande. De acordo com publicação da Aliança Global de Gênero e Clima, enquanto na América do Sul e Central cerca de 25% da terra é de propriedade feminina, na Ásia o número cai para 13% e na África 15%.

Assim como no mundo todo, no Brasil, as mulheres exercem importante papel tanto no enfrentamento de problemas ambientais – a exemplo da mudança climática – quanto no desenvolvimento de ações que contribuam para a conservação da natureza e, consequentemente, para a qualidade da vida humana. Embora a equidade de gênero ainda seja um desafio na ciência brasileira, o país tem excelentes exemplos de lideranças femininas que protagonizam avanços importantes em relação à proteção ambiental.

Uma dessas mulheres é a bióloga, pós-doutoranda do programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Maria Cecília Kierulff, que sempre atuou com primatas. Espécies ameaçadas de extinção, como o mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia), o mico-leão-de-cara-dourada (Leontopithecus chrysomelas) e o macaco-prego-do-peito-amarelo (Sapajus xanthosternos), por exemplo, devem muito à dedicação e pioneirismo da cientista, que já foi premiada internacionalmente. “Ser mulher atualmente significa ter pique para enfrentar questionamentos e julgamentos que os homens não enfrentam quando a gente decide fazer o que gosta”, afirma.

Maria Cecília Kierulff

Maria Cecília Kierulf: “Ser mulher atualmente significa ter pique para enfrentar questionamentos e julgamentos que os homens não enfrentam quando a gente decide fazer o que gosta” – Imagem: Divulgação

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