Globo Repórter revela porque a plumagem dos guarás fica vermelha

Os maçaricos saem do Canadá, passam pelo leste dos Estados Unidos, descem até o Brasil e chegam nas reentrâncias maranhenses. Mais de 80 horas de voo direto. Ali eles encontram local propício para alimentação. É no lodo que os maçaricos buscam suas refeições. Microrganismos ricos em energia, tudo de que precisam para mais uma longa jornada.

Já um brasileirinho – de penas muito cobiçadas – Fixou residência por ali e se multiplicou tingindo de vermelho o céu do paraíso: o guará não nasce vermelho. A plumagem vermelha ele só vai adquirir na idade adulta.

Ele nasce com as penas escuras. Meio cinzas, meio marrons. Só depois de um ano a plumagem começa a mudar. Mas como adquirem um vermelho tão intenso, tão bonito? Acreditem: vem da dieta de cada dia. Rica em caroteno.

O segredo que torna a ave tão encantadora e única na fauna brasileira se chama Maraconi. É o nome do caranguejo que enche a barriga dos guarás. E são tão abundantes que estão por toda parte nos mais de 300 quilômetros do manguezal.

Na lista do Ibama, os guarás-vermelhos estão entre os mais ameaçados de extinção.
E as aves chegam em bandos. Em belas revoadas. As copas das árvores do mangue são o
lar protegido caprichosamente pela natureza. Ela é quem manda neste recanto do Brasil.

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