Fontes verdes avançam rumo a um mundo baixo carbono, mas ainda há desafios a serem superados

Se o mundo atual é fruto da revolução que os combustíveis fósseis e o advento da industrialização causaram na forma como produzimos e consumimos, uma nova história começa a ser contada com o uso em larga escala das energias renováveis. Desde 2005, os investimentos em fontes como solar e eólica quadruplicaram e nem o “lockdown” que abalou a economia mundial freou o ritmo ascendente de instalação de sistemas mais sustentáveis.

As renováveis foram a única fonte para a qual a demanda aumentou no ano passado, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). Em 2020, cerca de 280 gigawatts a mais de capacidade de produção de energia renovável foram criados, 45% a mais do que em 2019, o ritmo mais rápido desde o início deste século.

O novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) destaca a urgência do mundo transitar para economias menos dependentes de fontes fósseis, como petróleo e gás, principais emissoras de gases de efeito estufa, vilões do aquecimento global.

Pelas contas da Agência Internacional de Energia Renovável, para descarbonizar a economia, seria necessário investir US$ 130 trilhões em tecnologias de baixo carbono no setor energético até 2050. Isso representa, em média, 5% do Produto Interno Bruto (PIB) global a cada ano.

Há mudanças positivas em curso, puxadas pelo crescimento das renováveis, como mostra a série de dados abaixo. Para avançar nessa mudança e catapultar uma nova era, as nações mais ricas precisam eliminar os subsídios a fontes poluentes e reduzir suas emissões. Anualmente, governos do G7 canalizam cerca de US $ 87 bilhões em apoio aos combustíveis fósseis, de acordo com uma estimativa recente do Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável. É preciso mudar esse jogo.