Especialistas mostram como conquistar qualidade de vida em meio ao estresses da vida urbana

Por Alexandre Nunes

Se ainda não foi possível encontrar, até agora, um caminho ou uma fórmula que possa garantir um dia a dia totalmente sem estresse, problema contemporâneo que pode levar a um quadro de adoecimento grave, é possível, no entanto, adotar procedimentos que reduzem a pressão emocional e possibilitam uma melhor qualidade de vida.

Dormir bem, pelo menos 8 horas por dia, respirar fundo antes de qualquer atitude ou decisão, evitando atos impensados, ter mais paciência e tolerância com o diferente, expressar sentimentos de amor ao próximo, desligar do mundo durante alguns minutos para unir corpo, mente e espírito, por meio da meditação e da prece, além de trabalhar o corpo e a mente de forma integrada com a pratica de atividade física, são algumas das saídas recomendadas por especialistas.

A doutora em Psicologia, Regina Azevedo, explica que é importante que a pessoa busque uma melhor qualidade de vida, para que as situações cotidianas não interfiram de maneira negativa no contexto biopsicossocial. “Para tanto, é preciso desde cedo aprender a organizar a vida. É inquestionável que o trabalho é essencial na vidas de todos nós, no entanto, precisamos de lazer e a maioria das pessoas com estresse não sabe sentir prazer, um elemento que previne ou ameniza o estresse e muitas pessoas não se permitem gozar a satisfação de ter completado uma tarefa, seja ela qual for”, frisa.

A professora da UFCG e Faculdade Maurício de Nassau deixa claro que o estresse é uma defesa natural que ajuda o indivíduo a sobreviver, mas a cronicidade do estímulo estressante acarreta consequências danosas ao organismo humano. “É natural as pessoas buscarem estratégias para resolver tais consequências, mas caso isso não aconteça seu organismo não irá reagir de forma disfuncional diante dos problemas e dará sinais de cansaço, que por sua vez, atinge os sistemas imunológico, endócrino, nervoso e o comportamento do dia a dia”, continua.

Segundo esclarece a psicóloga clínica, a continuidade dessa situação afeta a pessoa, exaurindo suas forças e ela cai num estado de exaustão, de estresse propriamente dito. “Caso não consiga reverter o processo, as consequências não tardarão a surgir: aumento da pressão arterial, crises de angina que podem levar ao infarto, dores musculares, nas costas, na região cervical, alterações de pele, etc. Daí a importância de a pessoa estar alerta para os sinais que o corpo registra”, complementa.

Regina Azevedo acrescenta que pensar as coisas de forma funcional e prática, ajuda os neurotransmissores a não explodir ou detonar o organismo. “Se formos resilientes e perceber o lado positivo ou o aprendizado que podemos tirar daquela situação, mesmo que tudo pareça complicado, é um caminho para encontrar uma saída sem precisar sofrer tanto ou sem experienciar sensações desagradáveis e estressantes, como problemas físicos, mudanças de humor, irritabilidade, insônia, baixa libido, dentre outros. Logo, verifica-se que a forma de pensarmos, age diretamente nos nossos sentimentos e, consequentemente, no nosso comportamento”, detalha.

Ela revela que o primeiro aspecto a ser considerado é identificar a causa do estresse, verificar se é possível afastá-la e ressignificar a forma de interpretar aquela situação-problema. “O que está acontecendo comigo, fisicamente, psicologicamente e socialmente? Como estou interpretando e vivendo esta situação? De qual outra forma posso pensar? Quais estratégias posso utilizar? Como posso viver de uma forma menos danosa aquilo que não posso mudar? Estas reflexões são essenciais para prevenção e superação do estresse”, garante.

No entanto, a especialista pondera que é preciso levar em consideração que, quando o nível de estresse já é considerado avançado, é necessário e primordial a ajuda de profissionais especialistas, tais como médicos, psicólogos, fisioterapeutas e educadores físicos, para um melhor direcionamento na forma de lidar com o problema e viver de forma qualitativa. Regina conclui parafraseando o filósofo e psicólogo americano William James, ao dizer que “a maior arma contra o estresse é nossa habilidade de escolher um pensamento ao invés de outro”.

Estresse: mundo contemporâneo altera saúde biopsicossocial do ser humano

A contemporaneidade trouxe consigo muitas evoluções e, com elas cobranças e autocobranças que tem como consequências uma “bomba” de emoções que pode ser considerada perigosa à saúde biopiscossocial do ser humano: o estresse. A afirmação é da psicóloga clínica Regina Azevedo.

Ela é da opinião que a palavra estresse foi naturalizada, haja vista as pessoas se referirem a este problema para dizer que o dia foi corrido, com muitos afazeres, ou que está com o seu humor um pouco alterado. No entanto, segundo a psicóloga, estas vivências não necessariamente geram sinais de estresse, pois o que as pessoas estão sentindo, na realidade, é cansaço e exaustão.

Ela explica que, neste sentido, é de suma importância compreender que o termo estresse denota um mecanismo fisiológico do organismo sem o qual o ser humano, nem os outros animais, teriam sobrevivido. “Na época das cavernas, por exemplo, se os nossos antepassados não reagissem rapidamente ao se depararem com um animal selvagem e faminto, não existiríamos, pois não teriam deixado descendentes. Estamos aqui, porque os nossos antepassados se estressavam, ou seja, liberavam adrenalina que provocavam reações fisiológicas para que, diante do perigo, fugissem ou enfrentassem o animal”, observa.

Regina esclarece que estresse atual, no entanto, é bem diferente do que existia no passado. “Agora o estresse resulta de pequenos problemas acumulados, como boletos não pagos e compromisso atrasado devido ao trânsito congestionado, bem como problemas de ordem social, como sequestros relâmpagos e assaltos”, constata.

Diversas categorias profissionais são afetadas de forma mais intensa pelo estresse, a exemplo das pessoas que trabalham nos setores de segurança, que têm o mais elevado nível de estresse diante da lida diária com a violência urbana, seguido dos motoristas de transportes coletivos, que enfrentam diariamente as dificuldades de um trânsito caótico, além dos profissionais de saúde que encaram múltiplas jornadas, em hospitais e ambulatórios cheios de gente à procura de tratamento.

Atividade física melhora saúde do corpo e da mente de forma integrada e diminui o estresse

A prática regular de atividades físicas pode se constituir numa das saídas para combater o estresse do dia a dia, é o que garante o educador físico Fabian Lúcio Almeida Lima, ex-atleta de futsal e judô e praticante de natação e vôlei.

Segundo Fabian, os exercícios físicos ajudam a reduzir os níveis de hormônios estressantes como o cortisol, a adrenalina e a noradrenalina. “A atividade física atualmente é uma das principais vertentes para uma fuga dos problemas do dia a dia. A academia se constitui num espaço de socialização, porque lá as pessoas, além de cuidar da saúde do corpo, saem da rotina cotidiana e formam grupos compostos por novas amizades, com isso cuidando também da mente, ou seja, do emocional”, acrescenta.

O educador físico observa que esse conjunto de coisas ajuda a aumentar a autoestima e a diminuir a ansiedade, impaciência, insatisfação e até a depressão. “Quando você pratica uma atividade física, está trabalhando de forma integrada o corpo e a mente, e isso vai promover, na mente, melhorias no psicológico da pessoa e vai ocasionar, no corpo, uma melhor disposição física, melhoria cardiovascular e do tônus muscular. Tudo isso auxilia na distração e relaxamento e influencia diretamente na diminuição do estresse”, reitera.

Fabian Lúcio explica que outra experiência que ele vivencia na sua profissão, principalmente quando exerce a atividade de personal trainer, é quando constata que os exercícios físicos aplicados contribuem para trazer de volta a autoestima dos seus alunos. “Quando monitoro e mostro a cada um deles que o esforço da atividade física resulta numa mudança corporal positiva, sinto que isso vai devolvendo a qualidade de vida e consequentemente afastando o estresse, porque quando você não está se sentindo bem com o seu corpo, o seu emocional não funciona bem”, complementa.

Psicoterapia e terapia medicamentosa são formas de tratamento do estresse

O estresse tem raízes emocionais, a partir de situações de dificuldades de ordem pessoal, familiar e ocupacional, que podem desencadear alterações fisiológicas, principalmente, com a presença de substâncias estimulantes que o cérebro elabora e despeja na corrente sanguínea, como as adrenalinas. De acordo com a opinião do psicólogo e professor Gilson Rolim, do Serviço de Psicologia do Hospital Napoleão Laureano, a tendência do indivíduo sobre o efeito da adrenalina é se estressar.

Como trabalha há muitos anos num ambiente hospitalar onde prevalece a luta contra o câncer, Gilson Rolim tem constatado que a doença, seja ela qual for, pode ser considerada como outro fator que leva ao estresse, ou seja, uma situação fora do comum, fora do esperado. “A doença põe todo o organismo em situação de prontidão e isso nada mais é do que uma situação de estresse”, justifica.

Ele acrescenta que é no momento no qual o indivíduo passa por uma série de exames e investigação diagnóstica, que o organismo dele está em situação de estresse. “Isso acontece porque a pessoa fica apreensiva, angustiada e na expectativa dos resultados. Geralmente, há um pensar antecipado de que as coisas não vão bem, porque foi ele quem percebeu os primeiros sinais, os primeiros sintomas e essa espera gera uma expectativa também estressante”, considera.

Alguns sintomas de estresse, que se manifestam no corpo, podem ser elencados, tais como dor de cabeça, agitação, febre, cansaço, tristeza, queda de cabelo, irritabilidade, mau humor, insônia, diarreia ou prisão de ventre, angústia e baixa produtividade no trabalho, mas com relação ao tratamento, o especialista classifica o mesmo como uma das questões mais subjetivas, porque depende de cada indivíduo.

“Existem vários métodos de tratamento, desde orientações que favorecem o indivíduo a ser menos ocioso e ele permanecendo menos ocioso fica menos estressado, até à questão da adoção dos acompanhamentos, que põem nas sessões de psicoterapia algumas intervenções e modelos mais saudáveis de lidar com certas situações da vida. Na verdade, é preciso oferecer às pessoas uma motivação na busca da qualidade de vida, mas isso depende de cada indivíduo”, sustenta.

Gilson Rolim explica que alguns pacientes precisam de uma terapia medicamentosa a base de ansiolíticos, que são os tranquilizantes. “Alguns precisam de um ansiolítico para acalmá-los, para que sejam menos ansiosos e tenham menos estresse. Já do ponto de vista da psicoterapia, é possível oferecer ao paciente modelos que sirvam para que ele possa desenvolver outras atividades de vida, sem necessariamente ser apenas em função do estresse”, esclarece.

Ele acrescenta que para quem se descobre estressado ou que vai a um clínico geral e recebe a notícia de que está sofrendo vários problemas por causa do estresse, a orientação é procurar um profissional especializado. “Geralmente o médico está capacitado para receber essas queixas iniciais e ao mesmo tempo oferecer a melhor ajuda, através de um encaminhamento para um psiquiatra, ou para um psicólogo, os profissionais mais procurados para atender essa demanda e que estão aptos para lidar com o comportamento humano e suas reações”, assegura.

Prática da yoga ajuda a conquistar qualidade de vida e harmonizar corpo, mente e espírito

As pessoas passam o dia correndo em mil tarefas para vencer o tempo e sem prestar atenção a si mesmas. Esse pode ser um caminho para o estresse, no entender da professora de yoga, Luciana Silveira. “O grande fator do estresse hoje em dia é a falta de percepção de si mesmo”, reitera.

A professora de yoga explica que as pessoas vivem acumulando sentimentos negativos no dia a dia e que isso explode num determinado momento. “Às vezes isso acontece no trabalho que a pessoa não gosta e, por conta disso, está insatisfeita com a própria vida. O convívio com algumas pessoas vem trazendo certas mágoas, certos rancores e isso pode causar o estresse, seja na forma de uma doença, seja na forma de agressão a outra pessoa”, detalha.

Na opinião de Luciana Silveira, viver não tem fórmula e evitar o estresse também não tem uma receita. “O que podemos fazer é procurar alternativas para nos mantermos atentos aos acontecimentos, sejam bons ou ruins, e procurar um caminho que nos permita enfrentar o dia a dia de forma que possamos extrair de qualquer situação um aprendizado. Respirar fundo antes de qualquer atitude ou decisão, evitando atitudes impensadas, considero que seja uma forma de contornar o estresse. Identificar a causa do estresse acredito que seja o primeiro passo”, recomenda.

Ela evidencia que a prática da yoga ajuda a conquistar qualidade de vida, seja com relação ao corpo, seja com relação à mente e ao espírito, através de exercícios físicos (posturas), respiratórios (pranayamas) e meditação, que levam ao equilíbrio das energias psíquicas e físicas proporcionando à pessoa entrar em contato com próprio eu. “Assim passamos a nos conhecer melhor e, utilizando essas ferramentas, elevamos nosso nível de consciência e conquistamos o equilíbrio que nos leva à qualidade de vida. Essas práticas tornam nosso corpo mais saudável e estimulam a mente e o espirito”, afirma.

Luciana Silveira esclarece que o objetivo da yoga é unir corpo, mente e espírito, através da consciência total. Ela acrescenta que a prática visa o desenvolvimento do ser, levando-o a autorrealização e a consciência de si mesmo. “A yoga contribui para o autoconhecimento, respeito a si mesmo, atitude de contentamento e controle mental, assim o indivíduo consegue controlar o estresse e até eliminá-lo. Porém para alcançar isso, a prática deve ser diária e constante, além de exigir dedicação”, adverte.

A professora enfatiza que a yoga é um grande aliado no combate ao estresse, já que produz notáveis efeitos sobre o corpo, aliviando e curando doenças, as mais variadas. Segundo ela, a yoga também proporciona saúde e resistência física, propicia domínio sobre as funções fisiológicas (ritmo cardíaco, respiração), serenidade e equilíbrio. “A saúde é resultado de mente e espírito em harmonia com o corpo, alimentação adequada, ações e pensamentos positivos. A qualidade de vida requer prática e, para mudar e melhorar a vida, o indivíduo deve praticar todos os dias. O objetivo é integrar a yoga ao dia a dia, proporcionando bem-estar e alegria ao praticante”, resume.

Dentro da Yoga, as posturas servem para fortalecer a musculatura e alinhar as energias sutis, assim pode-se dizer que todas a posturas levam ao relaxamento. Estas posturas aliadas à respiração, técnicas que se denominam pranayamas, relaxam a mente, elevam a consciência e eliminam o estresse. Trata-se de um conjunto de práticas.

“Estudo yoga desde os anos 70, uma lição para toda a vida e que me acompanha desde então. Pratico yoga para ajudar em diversos casos de saúde, a exemplo de estresse, câncer, depressão, pessoas que têm dificuldade de concentração e estudantes que não conseguem passar em exames e provas, entre outros. Atualmente sou uma das coordenadoras da Associação de Yoga da Paraiba (AYPB), cujo objetivo é agregar, atualizar, informar e especializar os profissionais e praticantes de yoga no Estado da Paraíba”, revela Luciana Silveira, que estudou Yoga na Faculdade de Ciências Bio-Psíquicas do Paraná e que ensina na Guna Yoga, em João pessoa.

Terapia para o estresse segundo a psicologia espírita

Exercitar as virtudes exemplificadas por Jesus, cultivar a paciência e a humildade, crescer em amor, educar a compreensão dos deveres que abraça. Estas são as recomendações espíritas para a superação do mau estresse e convivência com o estresse bom, já que o ser humano vive em estado de estresse permanente, algo necessário, segundo os espíritas, para que o ser humano evolua, material e espiritualmente.

Para o capitão José Dantas Neto, dirigente espírita e primeiro militar a exercer as funções de psicólogo dentro de um quartel do Exército Brasileiro, o caminho para se prevenir do mau estresse é ser obediente aos ensinamentos de Jesus. “Na hora que você permite expressar no seu interior, a raiva, o ódio e a inveja, que são evidentemente atitudes anti-crísticas, está desenvolvendo uma tendência para o mau estresse”, explica.

Outra recomendação importante para o enfrentamento das situações estressantes é renovar as ideias, buscar uma mudança de atitude mental e procurar o refúgio da prece renovadora. Com isso, a pessoa robustece as energias emocionais e psíquicas, além de revitalizar os sistemas físico e psicológico, que estão momentaneamente afetados.

“Na hora em que você se afasta de um sentimento de amor pelo próximo, está desenvolvendo dentro de si uma desarmonia muito grande para o seu estado emocional e seu sistema nervoso, ou seja, para sua saúde emocional. Já na hora que você tenha um sentimento, uma vontade de ajudar e fazer caridade, está fortalecendo a sua alma, o seu estado emocional”, garante.

A terapêutica complementar espírita, a exemplo dos passes, fluidoterapia, reuniões de estudo, etc., são recursos que ajudam a pacificar e transformar a alma. Além disso, a musicoterapia, yoga, meditação, acupuntura, biodança e reiki são recursos alternativos que também contribuem eficazmente para o relax e para renovar as energias gastas.

Na opinião de José Dantas Neto, a ligação entre o espírito e o emocional é uma coisa inconteste hoje em dia. “Os cientistas e pesquisadores não discutem mais isso. Hoje não se tem mais dúvida sobre essa ligação. Eu sempre digo que o ser humano tem dois plugues com os quais se liga a Deus, ou seja, o coração e a mente. Na hora que você tem um sentimento de raiva, de inveja, uma vontade de trair alguém, você está exatamente agredindo e poluindo esses dois plugues e ficando com a sua ligação com Deus extremamente complicada”, observa.

Segundo ele, o estresse antes de chegar a um estado de desequilíbrio emocional, passa pela alma. “Temos a nossa mente e as nossas emoções e isso tudo são reflexos da nossa alma. Na hora que você está expressando sentimentos de amor e de ajuda, ou seja, na hora que você está indo por esse caminho, está também defendendo e fortalecendo a imunidade do seu organismo contra as doenças e os desequilíbrios emocionais”, conclui.

Biodança traz mais paciência e tolerância em situações estressantes

A Biodança pode proporcionar uma melhor qualidade de vida para a pessoa submetida a um estresse crônico, porque é uma prática que repercute em todos os âmbitos da vida, levando a pessoa a uma mudança de hábitos, ao mesmo tempo em que também muda sua visão do mundo. Assim, a pessoa aprende a evitar situações estressantes e a ter mais paciência e tolerância com o diferente. O comentário foi feito por Sinfrônio Lima, facilitador de biodança, titulado pela International Biocentric Foundation e fundador da Escola Paraibana de Biodança.

Ele explicou que a biodança é um trabalho de desenvolvimento pessoal para conectar as pessoas com a sacralidade da vida. “Quando o processo avança, a pessoa se fortalece e decide que quer fazer mudanças em sua vida. Assim, cada pessoa é responsável por sua vida e seu processo de crescimento. A Biodança facilita este florescer”, afirmou.

Sinfrônio Lima recomendou que para aumentar a resistência ao estresse é preciso não faltar às sessões. “Um dos efeitos colaterais da Biodança é uma renovação orgânica, que vai do nível celular até o visual externo. Muitos praticantes parecem mais jovens, e muita gente revela que as pessoas comentam mudanças físicas que as próprias pessoas ainda não perceberam. A criança tem muita vitalidade, sexualidade, criatividade, afetividade e transcendência. Ao longo da vida, as pessoas vão tendo estas linhas bloqueadas por preconceitos, condicionamentos e ideologias”, detalhou.

Ele comentou que algumas pessoas ainda não entenderam a preciosidade de cada instante da vida e, por causa, disso adiam seus projetos para quando as crianças crescerem ou para quando se aposentarem. O especialista acrescenta que aí se dão conta que não estão vivendo, já que estão sempre xingando e reclamando. Mas, segundo Sinfrônio, reclamar não diminui o tamanho das filas, não melhora o trânsito, nem resolve os problemas.

“Com a biodança, progressivamente, semana após semana, as pessoas são convidadas a se conectar mais consigo mesmas, com o semelhante, e com o mundo que nos rodeia. A vida passa a ter sentido, e cada dia é precioso. As pessoas perdem o hábito de reclamar e passam a agir. As filas, o trânsito, os problemas continuam os mesmos. Mas não nos tiram mais do sério. Assim é possível encarar a pressão do dia a dia e diminuir o estresse”, ressaltou.

Com uma experiência de 19 anos de atuação na área da biodança, inclusive ministrando cursos de formação de facilitadores, Sinfrônio Lima tem observado que assim como o alimento, o estilo de vida e as convicções das pessoas são determinantes do estado de saúde ou doença. “Assim, para conquistar qualidade de vida, precisamos alimentar nossa mente com pensamentos positivos, evitando o hábito de ver as coisas pelo lado negativo. Além disso, é importante reforçar nosso espírito com sentimentos de afeto, solidariedade e cuidado, e o corpo com movimentos harmonizadores, ao invés dos habituais movimentos que causam tensão”, receitou.

 

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