Cobrir o vaso com papel higiênico é desnecessário, sugere pesquisador
Uma vez que nos deparamos com a vontade de ir ao banheiro na rua, muitas opções vêm em mente: cobrir o assento com papel higiênico, segurar-se em alguma barra mais próxima ou cruzar as pernas e esperar chegar em casa. Se você pensa que pode pegar alguma doença do vaso sanitário, você não está sozinho. No entanto, as preocupações, que levaram à criação de assentos portáteis e sprays higienizantes, são exageradas, de acordo com um microbiologista em Toronto, no Canadá.
“A menos que você lamba o assento do vaso, não há realmente nenhuma probabilidade de você pegar uma infecção”, diz Jason Tetro, um autor e pesquisador também conhecido como o “cara dos germes”.
Assentos sanitários estão de fato lotados com populações bacterianas, geralmente sob a forma de bactérias fecais, afirmou o especialista, que escreveu o livro “The Germ Code: How to Stop Worrying and Love the Microbes” (O Código do Germe: Como parar de se preocupar e amar os micróbios, em tradução livre). Mas na maior parte do tempo, você entrar em contato direto da pele com elas significa um risco mínimo.
“Quando você se senta, você está criando um selo, e a não ser que você tenha um corte gigante no seu posterior que possa permitir que as bactérias entrem na sua corrente sanguínea, não há nenhum risco algum”, apontou.
Estudos já realizados mostraram que há um pequeno risco depois que nos levantamos do assento, uma vez que o ato de dar descarga envia minúsculas gotas de água no ar, com bactérias alcançando até dois metros, caindo no chão ou na pia. Em casa, este risco pode ser minimizado, basta colocar a tampa para baixo antes de apertar o botão – algo que não é possível em alguns banheiros públicos que não oferecem tampa no vaso.
A boa e velha lavagem adequada das mãos vai diminuir qualquer risco, segundo Tetro. Ele também alerta para a função do disparo da descarrega quando o usuário ainda está sentado. Dependendo do que está na privada, é possível que gotículas contaminadas pousem na pele. Mas, novamente, a menos que haja um corte ou ferida aberta, o risco é mínimo, disse o estudioso.