Bom Jesus
O município de Bom Jesus está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca. Bom Jesus limita-se com Cajazeiras, Ipaumirim-CE, Santa Helena e Cachoeira dos Índios.
O município está localizado na unidade geoambiental da Depressão Sertaneja, com clima semiárido quente e seco. A vegetação predominante é a caatinga xerófila. Bom Jesus está inserido nos domínios da bacia hidrográfica do rio Piranhas, Sub-Bacia do Rio do Peixe. Seus principais tributários são os riachos do Batuque e do Cipó, todos de regime intermitente.
A economia de Bom Jesus tem a agricultura e a pecuária como principais atividades, destacando-se o cultivo de arroz, milho feijão e a criação de gado leite queijo, que formam a base da economia local. Dados do Departamento de Ciências Atmosféricas, da Universidade Federal de Campina Grande, mostram que Bom Jesus apresenta um clima com média pluviométrica anual de 865.1 mm e temperatura média anual de 25.0 °C.
História
Segundo informações e pesquisas, a cidade de Bom Jesus é relativamente recente; seu início foi por volta de 1890 com a criação da Fazenda Aroeiras de propriedade do Sr. Antônio Caetano. Com a criação da Diocese de Cajazeiras em 1914, houve uma demanda de vigários pelo interior do município de Cajazeiras, então apareceu em Aroeiras, no período de 1912 a 1918 o dinâmico vigário conhecido na época por Padre Lopes, o qual interessou-se em construir uma capela nesta fazenda, já povoada, sendo de sua preferência o então sítio Forquillha, porém o Sr. Francisco Eufrásio não concordou, isto é, não cedeu o terreno exigido pelo padre Lopes. Mesmo assim o padre não desistiu, porque seu ideal era a primeira Capela no Município de Cajazeiras, no povoado Aroeiras.
De fato realizou seu plano, nesse mesmo período de 1912 a 1917, notadamente junho de 1917, convocou uma reunião com os mais interessados do povoado, a mesma ficou clara que: Antônio Caetano,proprietário com parte na Paraíba e Antônio Gonçalves Moreira, Proprietário com parte no Ceará, doariam o terreno (Este povoado está localizado na divisa dos Estados da Paraíba e do Ceará).
Esses dois proprietários demonstraram boa vontade e doaram o terreno ao Patrimônio para a construção da capela. Cuja área passou a pertencer a Paróquia de N.S. de Fátima, num total de 440 m² cujos limites são: Ao Leste com a cidade de Cajazeiras ao Oeste com a Ipaumirim, ao Norte com SantaHelena e ao Sul com Cachoeira dos Índios e distância de João Pessoa 505 Km.
Construíram a Capela, o povoado cresceu, a população começou a participar, o vigário Padre Lopes desenvolveu várias atividades, programou de início o Padroeiro da cidade que hoje continua o mesmo: Sagrado Coração de Jesus.
Organizou também o núcleo do Apostolado da Oração que chegou a compor-se de 110 associados. Os devotos da época eram: João Vicente, Antônio Gonçalves, Doca Carlos e tantos outros. Com a participação dos habitantes realizava a chamada de “13 de junho” com o encerramento da trezena (13 noites de Novena) cujas festas eram bem concorridas feita em divisões: noite dos artistas, alfaiates, carpinteiros, comerciantes etc. Os organizadores da época: Antônio Gonçalves Moreira, João Vicente, Doca Carlos, Firmino de Brito e tantos outros.Esse movimento era coordenado pelo zelador da Igreja Joaquim de Brito Lira, esse período não foi muito longo, visto que desapareceram o vigário e os mais antigos interessados.
O povoado entrou numa fase de decadência por muitos anos.Depois de um longo período o povoado voltou a obter um elevado progresso econômico com a implantação de uma pequena Usina de beneficiamento de algodão do Sr. Sebastião Bandeira de Melo, esta Usina (IPU), ofereceu vários empregos para a comunidade, com a mesma surgiu uma movimentada feira, que foi constatada como uma das melhores da região, no período de 1920 a 1933, a qual ficou conhecida como: “A era de 20”.Passado esse período, por questões ignoradas o Sr. Sebastião Bandeira de Melo, vende a Usina de Algodão, para outra cidade e poucos anos depois foi extinto a conhecida feira, o povoado ficou na pobreza até meados de 1957.
Com o êxito do ex-prefeito de Cajazeiras, Sr. Antônio Cartaxo Rolim, o povoado passo a ser lembrado pelo poder público cajazeirense.
O Sr. Antônio Cartaxo Rolim, prefeito da cidade de Cajazeiras na época, instalou em Bom Jesus o primeiro motor gerador de energia elétrica, construiu o grupo escolar Antônio Gonçalves Moreira e instalou uma linha telefônica ligando o Distrito a Cajazeiras, obras de grande importância naquela época.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Bom Jesus, pela lei municipal nº 185, de 08-07-1959, subordinado ao município de Cajazeiras.
Em divisão territorial datada de 1-07-1960, o distrito de Bom Jesus, figura no município de Cajazeiras.
Elevado à categoria de município com a denominação de Bom Jesus, pela lei estadual nº 3096, de 05-11-1963, desmembrado de Cajazeiras. Sede no atual distrito de Bom Jesus. Constituído do distrito sede. Instalado em 10-11-1964.
Em divisão territorial datada de 31-12-1963, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Fonte: Site Oficial da PMBJ