Argentinos dizem que ainda há 50 milhões de gafanhotos perto da fronteira com o Brasil

Apesar do avanço no combate à nuvem de gafanhotos mais próxima do Brasil, o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) estima que ainda restem 50 milhões de insetos na cidade de Federación, na província de Entre Rios, a cerca de 90 quilômetros de Barra do Quaraí (RS).

As autoridades argentinas calculam que 87% da nuvem foi eliminada com pulverizações aéreas e terrestres de inseticidas realizadas na quinta-feira (23/7), no sábado (25/7) e na segunda (27/7). Apesar das baixas temperaturas e da chuva limitarem a movimentação dos gafanhotos, fiscais agropecuários do Rio Grande do Sul mantêm o estado de alerta.

Os insetos remanescentes estão estacionados em copas de eucaliptos e laranjeiras, disse o Senasa. Técnicos da entidade preveem eliminar o aglomerado restante até o fim desta semana com novas aplicações de inseticidas.

“O objetivo principal era romper a nuvem e não permitir a junção novamente, o que não aconteceu até o momento. Durante o dia de ontem (segunda-feira), foram detectados gafanhotos vivos, a maioria isolados, mas as ações em campo continuam nos próximos dias”, afirmou o coordenador do Programa de Controle de Gafanhotos e Tucuras do Senasa, Héctor Medina, em nota divulgada para a imprensa.

Uma segunda nuvem de insetos, localizada no norte da Argentina, na província de Chaco, também continua sendo monitorada. Técnicos do Senasa ainda não identificaram a sua localização exata por estar em área de difícil acesso, mas afirmam que o aglomerado se desloca em curso semelhante à direção tomada pela primeira nuvem e em baixa velocidade.

Estima-se que esta nuvem tenha o dobro do tamanho da primeira infestação, de cerca de 800 milhões de insetos. O Paraguai ainda tem uma outra nuvem localizada no Departamento Central do Chaco, em Boquerón, a cerca de 200 quilômetros do norte da Argentina e a aproximadamente 600 quilômetros da fronteira com o Brasil.

 

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