Acre é destaque em publicação sobre gestão territorial sustentável
A gestão sustentável de territórios é uma necessidade local e global. Algumas regiões ao redor do mundo tem se destacado por desenvolver uma gestão eficaz que traz um equilíbrio e benefícios ambientais diante das inúmeras pressões dos dias de hoje. O Acre é um desses locais que, junto com outros 24 estudos de caso, foi reconhecido e citado no livro “O Pequeno livro de paisagens sustentáveis” (The Little Sustainable Landscapes Book, em inglês), lançado hoje (5/12), no Global Landscape Forum, em Paris.
A publicação de 158 páginas, produzida pelo Global Canopy Programme, em parceria com o WWF, The Nature Conservancy, e outras organizações, fornece uma visão geral do conceito de paisagem e enumera exemplos de atividades que mostram como a gestão integrada da paisagem pode ser aplicada com sucesso na prática. Foram escolhidos estudos de caso de diversas partes do mundo, como Nepal, China, Indonésia e Brasil.
A publicação destacou o estado do Acre por utilizar iniciativas integradas de REDD+ e Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) desde 1999 para desenvolver o seu próprio modelo de economia verde. Inúmeros pequenos agricultores têm recebido incentivos financeiros para a conservação da floresta em suas terras, juntamente com o apoio técnico e de marketing para o desenvolvimento de meios de subsistência sustentáveis.
O Acre é um estado com um dos mais avançados Sistemas de Incentivos aos Serviços Ambientais no mundo, conhecido como Sisa, que pretende reduzir os níveis do desmatamento do estado em até 80% até 2020. “Esse é um dos exemplos que mostram a eficiência do Acre na implementação de políticas socioambientais que contribuem para a queda do desmatamento. Prova disso foi a redução de 10% do desmatamento, de acordo com os dados lançados em novembro deste ano pelo governo federal, referente ao período de julho de 2014 a agosto de 2015, indo na contramão dos outros estados amazônicos que juntos aumentaram a perda de florestas em 16%”, explica Marco Lentini, coordenador do Programa Amazônia do WWF-Brasil, e autor do estudo de caso na publicação.