A saúde dos animais tende a exigir atenção especial conforme a idade avança

Muito se fala a respeito dos cuidados com os animais de estimação em cada fase da vida, pois, assim como os seres humanos, as necessidades dos amigos de quatro patas variam conforme o envelhecimento avança.

Caso você não saiba os cachorros amadurecem em um ritmo diferente dos humanos: o primeiro ano do animal equivale a 15 anos de uma pessoa, como explica a veterinária Farah de Andrade, da DrogaVET.  “Nessa fase de filhote, o cão sofre diversas transformações, vai de bebê a adulto em pouquíssimos meses, amadurecendo bem mais rápido que nós, humanos”, afirma. Ela destaca ainda que os gatos, por sua vez, só entram na terceira idade aos dez anos.

Por essa razão, os tutores precisam ficar atentos com o avanço da idade, já que costumam aparecer doenças geriátricas relacionadas ao envelhecimento do organismo. “É comum surgirem problemas cardíacos, insuficiência renal, artropatias, catarata, distúrbios cognitivos e doenças periodontais”, pontua a veterinária.

Pensando nisso, a médica veterinária Thais Matos, especialista da área de segurança e confiança da DogHero,  listou algumas dicas para você cuidar do seu amigo de quatro patas durante a velhice. Confira!

Como cuidar de cachorros idosos (Foto: Getty Images)

Alimentação pastosa

Por conta  da idade, cães idosos têm o ritmo da digestão e de absorção de alimentos reduzido. Isso faz com que os cachorros precisem se alimentar com uma ração que seja de fácil digestão e rica em proteínas. No caso de animais que já estiverem sem alguns dentes, o ideal é apostar em refeições mais pastosas. “O tutor pode até mesmo esquentar um pouco de água e colocar na ração para que o animal não tenha dificuldades ao mastigar”, sugere Thais.

Mobilidade reduzida

Assim como acontece com os humanos idosos, uma caminhada pode ser desgastante para cães mais velhos. Por conta de problemas de saúde como artrite, artrose, problemas nas juntas e na coluna, pode ser que não tenham energia para correr e brincar como os cães filhotes. “Para facilitar a locomoção do animal, é preferível deixar a caminha perto do comedouro e do bebedouro”, comenta. Em relação aos passeios, os pais e mães de pets devem manter as atividades, mas devem tomar cuidado com a intensidade e duração do exercício.

Sono

Ainda segundo a médica veterinária, um cão idoso tende a dormir mais e passar mais tempo deitado. Por isso, os tutores não devem esperar que um cachorro mais velho tenha a mesma disposição que um pet mais jovem. Apesar de estranhar tamanha sonolência, os pais e mães de animais não devem se preocupar, até porque é normal que esses cães durmam entre 15 e 18 horas por dia. É válido saber que o sono na velhice é um fator importante para que o animal recupere as suas energias.

Vivência com outros pets

As limitações que a idade avançada traz faz com que alguns cães se tornem um pouco ranzinzas. “O contato com animais agitados e brincalhões pode estressar o cãozinho mais velho, cansá-lo e até fazer com que ele tenha atitudes agressivas por se sentir acuado ou com o espaço invadido”, esclarece a médica veterinária.

Como cuidar de cachorros idosos (Foto: Getty Images)

Consulta ao médico veterinário

Com o desgaste da saúde, é comum que os pets idosos tenham que ir mais vezes ao médico veterinário. Segundo a especialista da DogHero, o ideal é que cachorros idosos passem por consultas pelo menos de seis em seis meses. Tal regularidade de exames e acompanhamento ajudará a detectar e prevenir doenças, além de manter o bem-estar do bichinho. Mesmo com o desafio atual da volta à rotina e o distanciamento social, em algumas localidades, já está disponível o serviço de veterinário a domicílio, idealizado para facilitar a vida de pais e mães de pets com consultas e vacinação em casa.

Fonte: Casa Vogue – CAMILA SANTOS | FOTO GETTY IMAGES