A espécie ipê-de-jardim não é nativa do Brasil e seu cultivo deve ser controlado
Ipê-de-jardim e falso-ipê (Tecoma stans) são os nomes populares dessa planta, devido à semelhança das folhas e flores com os ipês-amarelos. Muito usada no paisagismo urbano, pois cresce pouco e floresce boa parte do ano em regiões mais quentes, gosta de sol pleno e exige pouca manutenção. Mas é preciso ter cuidado com o cultivo, pois, sendo uma espécie não nativa do Brasil, pode se tornar invasora em algumas áreas.
Consultora: Julcéia Camillo, doutora em agronomia, especialista em plantas ornamentais. Empresa Plantas & Planos Assessoria e Consultoria em Agricultura, Meio Ambiente e Sustentabilidade. Tel.: (61) 98162-3205. Email: julceia@gmail.com
A planta
O ipê-de-jardim é uma arvoreta bastante ramificada, que pode alcançar 4 a 6 metros de altura. Ele apresenta folhas compostas por folíolos ovais-lanceolados, sub-sésseis e de bordas serrilhadas. As inflorescências são terminais ou axilares, com muitas flores tubulares, amarelas, muito parecidas com as do Ipê-amarelo (Tabebuia spp). A floração é maior nos meses mais quentes, mas pode perdurar durante o outono. Os frutos são cápsulas glabras deiscentes, compridas e contém muitas sementes aladas.
No paisagismo é apropriada isolada ou em grupos, formando renques. No entanto sua utilização é controversa, pois apesar de ser muito ornamental é considerada uma perigosa planta invasora, capaz de inutilizar pastagens e prejudicar a regeneração de áreas degradadas. Isto se deve à sua grande capacidade de produzir sementes viáveis e ao seu rápido crescimento.
O ipê-de-jardim é uma planta muito rústica, e deve ser cultivada à pleno sol, em solo fértil e enriquecido com matéria orgânica, com regas nos períodos mais secos. Tolerante às geadas. Multiplica-se por sementes e por estaquia.