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Aquamação: a nova e sustentável opção para despedir-se de seu pet amado

Aquamação: a nova e sustentável opção para despedir-se de seu pet amado

Entenda mais sobre a aquamação e porque mais pessoas estão adotando essa técnica de serviço funerário

aquamação é, cada vez mais, uma opção comum para os cuidados de óbito dos animais de estimação. Também conhecida como ressomação, a técnica, criada no começo da década de 90, possui origem no descarte de animais usados em experimentos.

De acordo com um artigo de 2014, a prática foi introduzida à indústria funerária no início dos anos 2000. Durante o começo do seu desenvolvimento, escolas médicas dos EUA usaram a aquamação para descartar cadáveres humanos doados.

Desde então, os métodos utilizados foram tomando a forma que possuem hoje. Atualmente, existem cerca de 400 máquinas de aquamação animal no mundo, diz Samantha Sieber, vice-presidente da Bio-Response Solutions. Porém, a prática já foi estendida aos seres humanos.

Como funciona a aquamação? 

A técnica simula a hidrólise alcalina, um processo que ocorre naturalmente durante a decomposição de um corpo. Na aquamação providenciada por algumas instituições, os corpos são imersos por três a quatro horas em uma mistura de água e um álcali forte, como o hidróxido de potássio, em um cilindro de metal pressurizado e aquecido a cerca de 150°C.

Em um ciclo de 20 horas, a água alcalinizada decompõe todas as proteínas e gorduras do corpo e a água é destinada ao sistema de esgoto local. Depois do processo, sobram-se os ossos, que são pulverizados e oferecidos ao responsável pela contratação.

Simulação da aquamação
Imagem editada e redimensionada de Israkress, disponível no Wikimedia sob a licença CC BY-SA 4.0

Sustentabilidade

Embora a sustentabilidade seja a última coisa na cabeça de quem perdeu um ente querido ou um animal de estimação, a aquamação tornou-se uma alternativa mais eco-friendly à cremação. A cremação, mesmo com a sua popularidade, pode possuir um impacto ambiental grande, o que distancia muitas pessoas do método.

De fato, é estimado que apenas um processo de cremação seja responsável pela produção de mais de 100 kg de dióxido de carbono. Portanto, o desenvolvimento do método da aquamação desde a sua criação proporcionou uma oportunidade para aqueles que desejam contribuir para o meio ambiente.

Segundo algumas estimativas, a aquamação tem cerca de um décimo do impacto ambiental da cremação à chama. Além disso, o método consome sete vezes menos energia que o enterro convencional.

Em alguns casos, a água utilizada durante o processo pode ser reaproveitada — a água da ressomação possui nutrientes que podem virar fertilizantes, dependendo da sua composição.