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Anvisa mantém aspartame como seguro para consumo

Anvisa mantém aspartame como seguro para consumo

Após revisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os riscos do aspartame em relação ao câncer, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se posicionou nesta sexta-feira (14). A agência brasileiro mantém a autorização de uso para o adoçante e o classifica como seguro, dentro do limite diário estabelecido anteriormente.

“Até o momento, não há alteração do perfil de segurança para o consumo do aspartame”, pontua a Anvisa, em nota. Em outras palavras, o aditivo alimentar pode continuar a ser usado na composição de diferentes alimentos e bebidas, como refrigerante zero ou diet, sorvete, iogurtes e goma de mascar, sem risco aumentado para o câncer.

É seguro consumir quanto de aspartame por dia?

Inclusive, a Anvisa destaca que “existe um consenso entre diversos comitês internacionais no sentido de considerar o aspartame seguro, quando consumido dentro da ingestão diária aceitável”. O limite é de 40 mg de aspartame para cada quilograma de peso corporal do indivíduo.

Anvisa confirma segurança do aspartame, usado na composição do refrigerante zero, dentro de alguns limites (Imagem: Giovanna Gomes/Unsplash)
Anvisa confirma segurança do aspartame, usado na composição do refrigerante zero, dentro de alguns limites (Imagem: Giovanna Gomes/Unsplash)

Mesmo que nada tenha mudado em relação ao uso do aspartame, a Anvisa informa que “seguirá acompanhando atentamente os avanços da ciência a respeito do tema”. No futuro, com novas evidências científicas, o entendimento pode ser outro.

Uso do aspartame no Brasil

Vale explicar que, dentro da classificação da Anvisa, o aspartame é classificado como um aditivo alimentar com as seguintes funções de uso autorizadas no Brasil:

  • Edulcorante: substância diferente dos açúcares que confere sabor doce ao alimento. No caso do aspartame, o poder adoçante é 200 vezes maior que o do açúcar comum (sacarose);
  • Realçador de sabor: substância que ressalta ou realça o sabor ou aroma de um alimento.

Independente do tipo de adoçante, a Anvisa também anunciou que pretende facilitar, cada vez mais, a identificação por parte dos consumidores dos ingredientes usados em determinado produto na embalagem. Entre os tópicos que serão trabalhados, está a questão da legibilidade dos edulcorantes e de outros aditivos alimentares. Afinal, alguns indivíduos podem consumir o aspartame, sem saber e sem ter orientação profissional para isso, como os diabéticos.

Entenda a questão da OMS com o aspartame

Para entender todo o movimento de revisão recente do aspartame, é preciso pontuar que a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) , parte da OMS, classificou o adoçante como “possivelmente cancerígeno”, mas sem identificar se existia uma quantidade segura para o consumo e, caso existisse, qual seria ela.

Em paralelo, os dados científicos sobre o aspartame foram revisados pelo Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da Organização para Agricultura e Alimentação (FAO/JECFA). Após análise, o grupo entendeu que o limite máximo de exposição diária permanece o mesmo: 40 mg/kg de peso corporal.

Exemplo prático do consumo de aspartame

Para exemplificar, pense em um refrigerante diet com 300 mg de aspartame. Por dia, uma pessoa com 80 kg poderia beber até 10 latinhas. Embora seja potencialmente seguro considerando o limite relacionado ao câncer, muito provavelmente, deve gerar outros problemas se a ingestão for contínua e duradoura.