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6 motivos para pedirmos mais natureza de presente para as cidades neste Natal

6 motivos para pedirmos mais natureza de presente para as cidades neste Natal

Cada vez mais estudos têm mostrado os benefícios de conviver com a natureza nas diferentes fases da vida – da infância, passando pela adolescência e chegando à vida adulta

Cada vez mais estudos têm mostrado os benefícios de conviver com a natureza nas diferentes fases da vida – da infância, passando pela adolescência e chegando à vida adulta. Por isso, neste Natal, que tal pedirmos mais espaços verdes em meio às cidades? Veja abaixo seis bons motivos para isto.

1. Xô, estresse e ansiedade!

Se praticar caminhada é um tremendo exercício positivo para o corpo, benefícios como redução do estresse e ansiedade são ampliados em meio à natureza. Um estudo recente no Japão comparou os participantes que faziam caminhadas no ambiente urbano e aqueles que iam a parques ou florestas, e constatou que os que caminhavam em áreas verdes apresentavam frequências cardíacas mais baixas, mais relaxamento e menos estresse. Não à toa, o país é famoso pela técnica do Banho de Floresta, ou shinrin-yoku, uma prática integrativa e complementar reconhecida desde os anos 1980, com adeptos em vários países, que traz benefícios como a redução do estresse e a melhora da saúde física e mental.

2. Antídoto contra a solidão

A solidão tem se tornado um problema de saúde pública — principalmente para quem mora em grandes cidades. Segundo uma nova pesquisa, ela pode ser mais nociva que poluição do ar, obesidade ou abuso de álcool. A boa notícia é que o remédio não tem efeito colateral: a natureza pode afastar o mal-estar. O estudo realizado com pessoas em várias partes do mundo indica que a sensação de “aglomeração” comum aos grandes centros aumenta a solidão, mas quando as pessoas conseguem ver árvores, contemplar o céu ou ouvir pássaros, a solidão diminui.

Sentimentos de inclusão social também reduzem a solidão e, quando esses sentimentos coincidem com o contato com a natureza, o efeito benéfico é ampliado. Baseados nessas conclusões, os cientistas defendem que governos invistam mais em infraestrutura verde nas cidades, especialmente nas áreas mais densamente povoadas, e considerem a natureza e a inclusão social em suas políticas de saúde pública.

3. Mais árvores, menos agressividade

O efeito psicológico positivo da natureza também pode ser uma ferramenta para coibir a agressividade entre adolescentes nas cidades. Em um estudo publicado na revista científica da Academia Americana de Psiquiatria da Infância e Adolescência, os pesquisadores cruzaram informações sobre as casas dos adolescentes com dados de satélite para verificar os níveis de vegetação em seus bairros.

Eles constataram que jovens que viviam em lugares com menos vegetação apresentavam comportamento mais agressivo do que aqueles que vivem em bairros com menos vegetação. Mesmo exposições de curto prazo a áreas verdes, no raio de um quilômetro da residência, já eram suficientes para refletir positivamente no comportamento dos jovens. Mais uma evidência de que o aumento da vegetação pode ser uma estratégia de intervenção eficaz para a saúde pública ambiental.

4. O verde nos ajuda a centrar o pensamento

Já ouviu falar em atenção executiva? É a capacidade que nosso cérebro tem de bloquear com eficácia as distrações externas, enquanto se concentra em um único objetivo ou tarefa. Ela é vital para o planejamento, tomada de decisões e identificação e correção de erros, produtividade, entre outras coisas. Quando sua atenção executiva aumenta, sua mente fica mais clara e mais capaz de se concentrar e executar tarefas importantes, sem a interferência de pensamentos extras. Uma série de estudos em ecopsicologia sugere que a exposição à natureza melhora esse tipo de atenção. Tá esperando o que para montar o escritório no meio do mato? O efeito é tão potente que até mesmo visualizar imagens de natureza pode ser reconfortante e trazer ganhos para a atenção executiva.

5. Conforto térmico

Em tempos de mudanças climáticas e alterações bruscas no termômetros, árvores podem se tornar aliadas da saúde e bem estar dos moradores das cidades. Elas são excelentes umidificadores do ambiente e também ajudam no equilíbrio térmico, garantindo sombra fresca e fixando água no solo. O efeito benéfico impressiona: em algumas cidades na Europa, por exemplo, áreas arborizadas são, em média, até 12ºC mais frias do que espaços urbanos sem árvores. Com o avanço do aquecimento global mundo afora, o papel das árvores no resfriamento das cidades ganha contornos ainda mais significativos.

6. As crianças agradecem

Em um mundo cada vez mais cinza e “virtual”, cheio de aparelhos eletrônicos competindo pelo tempo das crianças, nem sempre elas conseguem tirar proveito da grande escola que é o mundo natural. Ter mais áreas verdes nas cidades é uma forma de tornar mais acessível o contato dos pequenos com a natureza. Quanto maior o convívio das crianças com os ciclos naturais, maior o aprendizado a respeito da própria vida. Valores como a impermanência e a interdependência são ensinados diariamente pelas espécies de plantas e de animais que nos cercam. Pesquisas também mostram que o contato com a natureza proporciona mais saúde física às crianças, além de aumentar o seu sistema imunológico.