5 dicas para garimpar e comprar móveis usados
O mercado de produtos de 2ª mão une sustentabilidade, economia e peças exclusivas.
Uma pesquisa da GlobalData, divulgada em 2020, mostrou que o mercado de “segunda mão” deve atingir US$ 64 bilhões nos próximos cinco anos, ultrapassando o segmento de vendas tradicionais até 2024. Segundo o estudo, a expectativa é que o segmento de revendas se quintuplique nos próximos cinco anos.
Economia de dinheiro e recursos naturais
Em 2021, o Dia da Sobrecarga da Terra – data que marca o momento em que entramos no “cheque especial do planeta”, demandando mais recursos naturais do que ele é capaz de regenerar – chegou mais cedo. Em 2020, esse dia foi marcado em 22 de agosto, e dessa vez antecipou-se para 29 de julho.
Isso significa que estamos utilizando desenfreadamente os recursos naturais, e é preciso tomar uma atitude o mais rápido possível.
“A ECONOMIA CIRCULAR É UM DOS IMPORTANTE CAMINHOS PARA UM FUTURO SUSTENTÁVEL.”
Marina Zaiantchick, da TAG2U
“É necessário e urgente repensarmos as formas de consumo no nosso dia a dia, e isso se estende à decoração da nossa casa, escritório, empresa… Reutilizar itens que estão em perfeitas condições de uso reduz o descarte inadequado e desnecessário”, explica Marina Zaiantchick, da TAG2U, empresa paulistana especializada em decoração sustentável através da compra e venda de produtos usados.
Como comprar móveis usados do jeito certo?
Comprando produtos usados você evita o descarte de peças em bom estado e a produção de novas, ajudando a diminuir dois importantes impactos ambientais: a poluição causada por materiais que são jogados “fora” e a extração de recursos naturais para produzir mais.
No entanto, é importante ter alguns cuidados extras na hora de escolher itens de segunda mão. “Não há uma regra específica para comprar móveis usados. Tudo vai depender do gosto pessoal, do tipo de peça procurada e, claro, quanto o comprador pretende investir”, ressalta Marina. “No nosso espaço, realizamos uma curadoria ampla, que vai desde itens de época, que não são mais encontrados por aí, a peças fabricadas mais recentemente, incluindo itens eletrônicos”.
Marina dá algumas dicas para garimpar e escolher móveis usados.
1. Estado de conservação
É normal que peças mais antigas apresentem sinais de desgaste pelo uso ou pelo tempo, mas elas também podem estar praticamente intactas – definitivamente uma peça de segunda mão não significa que a peça esteja sempre quebrada ou avariada. Porém, se atente a detalhes como puxadores, gavetas, dobradiças, parte interna do móvel, parte traseira, observando a integridade do material.
2. Potencial da peça
Se apaixonou por uma peça mas ficou em dúvida pois ela parece meio desgastada, precisando de reparos? Pense no potencial dela. Muitas vezes, esses móveis são peças únicas, fabricadas com materiais de excelente qualidade e durabilidade, e que vão causar um super impacto na decoração do seu ambiente. Nada que, muitas vezes, uma boa lixada e um bom verniz não resolvam!
3. Repense a estrutura
Viu uma mesa com um preço excelente, com um belíssimo tampo do jeito que você sempre sonhou, mas com pés que não são exatamente o que você procura? Nada impede que você repense a estrutura da peça e, com ajuda profissional ou no estilo faça você mesmo, a mesa ganhe uma nova cara com novos pés, do jeitinho que você deseja, virando uma peça exclusiva.
4. Vá com tempo
A pressa pode atrapalhar na hora de garimpar móveis e objetos de segunda mão, sobretudo em espaços maiores como galpões. Vá com tempo e paciência para observar, escolher e decidir.
5. Eletrodomésticos e objetos de decoração
Nem só os móveis de segunda mão são vantajosos. Eletrodomésticos podem ser uma verdadeira pechincha nesses casos. O mesmo vale para itens de decoração como vasos, quadros, espelhos, louças e outros.