No comunicado divulgado na última segunda (13/9), a Unicef revela que durante a pandemia de covid-19, houve piora na alimentação dos jovens.
“Nos últimos anos, cada vez mais crianças e adolescentes apresentam sobrepeso na América Latina e no Caribe. Atualmente, estima-se que ao menos três em cada 10 crianças de 5 a 19 anos têm excesso de peso na região”, informa o órgão da ONU a partir de sua sede na cidade do Panamá e citado pela emissora estatal francesa Rádio França Internacional (RFI).
Segundo a agência Unicef, a obesidade infantil é causada pela falta de atividade física e pelo consumo de alimentos ultraprocessados e bebidas cheias de açúcar, que são de fácil acesso, baixo custo e bastante divulgados na mídia de massa.
O órgão, citado pela RFI, alerta ainda que durante a pandemia o problema se intensificou com o acesso limitado a alimentos saudáveis e menor poder de compra.
“Durante um ano e meio de pandemia, foi muito mais difícil para as famílias manter uma alimentação saudável. As mães e os pais perderam renda e os preços dos alimentos aumentaram”, afirma Jean Gough, diretor da Unicef para América Latina e Caribe, citado pela emissora francesa.
Além disso, com o lockdown e a interrupção das aulas presenciais, muitas crianças deixaram de receber merenda escolar e as opções de alimentação e de espaços para atividades físicas se tornaram limitados.
“Antes da covid-19, prevenir a obesidade era essencial e agora é mais urgente do que nunca”, completa Gough.
A Unicef pede que os países da região fortaleçam e implementem leis e marcos regulatórios para garantir a qualidade dos alimentos nos residências e nas escolas.