Estudo realizado pelo pesquisador René van Westen, da Universidade de Utrecht (Holanda), revela que o sistema circulatório sensível do Oceano Atlântico pode entrar em colapso, levando a mudanças abruptas e irreversíveis.

A pesquisa destaca o sistema conhecido como Circulação Meridional do Atlântico (AMOC, na sigla em inglês), comparado a uma esteira transportadora que movimenta água, calor e nutrientes pelo oceano Atlântico.

Esse sistema é autossustentável, mas evidências do passado mostram que o aumento de água doce pode interrompê-lo. Os pesquisadores observaram uma área de resfriamento no sul da Groenlândia, indicando que o AMOC pode estar enfraquecendo, cita o The Washington Post.

Possíveis consequências de um colapso no sistema circulatório

  • Modelos de computador indicam que, se ocorrer um colapso do AMOC, a Europa esfriaria drasticamente, os níveis do mar subiriam no Atlântico Norte e a falta de oxigênio no fundo do oceano afetaria as criaturas marinhas;
  • Além disso, a interrupção do AMOC também afetaria os padrões de chuva ao redor do mundo, com monções fracas em áreas da África e Ásia, e secas na Europa e na Rússia;
  • Especialistas acreditam que os modelos atuais ainda não capturam todas as interações complexas que definem nosso planeta e são necessárias mais observações e pesquisas para entender a vulnerabilidade do AMOC;
  • Apesar da baixa chance de colapso no sistema circulatório do Oceano Atlântico no século XXI, os cientistas alertam que as consequências seriam devastadoras;
  • Por isso, é fundamental investir em mais pesquisas e discussões sobre como o mundo poderia se adaptar a essa possibilidade.

USP lança novo e-book sobre riscos de desastres no Brasil

Um e-book recém-publicado por uma pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) aponta diferentes aspectos envolvendo os desastres e os riscos de desastres em diferentes regiões do Brasil. Riscos ao Sul: diversidade de riscos no Brasil ainda aborda a perspectiva social dos desastres e suas consequências aos direitos humanos — e como as cidades podem ajudar a combatê-los. O material está disponível gratuitamente.

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