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Secretaria de Saúde realiza ação de combate ao caramujo africano na orla do Cabo Branco

Secretaria de Saúde realiza ação de combate ao caramujo africano na orla do Cabo Branco

A Secretaria de Saúde do Município, por meio do Centro de Vigilância Ambiental, fará a catação e o controle do Achatina fulica, o caramujo africano, em prédios e áreas públicas da orla do Cabo Branco, nesta quarta-feira (13). A ação acontecerá a partir das 7h30 e as as equipes de Vigilância Ambiental e Zoonoses farão uma vistoria para a eliminação dos criadouros desse verme. O ponto de concentração das equipes será em frente ao Hotel Xênius.

A gerente de Vigilância Ambiental do Município, Pollyana Dantas, orienta que a população não tenha contato direto com o bicho ou oferte ambientes que facilitem sua reprodução. “Ambientes com matéria orgânica e vegetação como os quintais e jardins das casas favorecem o aparecimento do caracol e uma forma de prevenir a reprodução do caramujo africano é a partir da limpeza dos terrenos para evitar o crescimento de vegetação, que é o alimento do animal”, explicou a gestora.

Em áreas privadas como casas, condomínios e terrenos, o controle é de responsabilidade do proprietário, por isso, de acordo com Pollyana Dantas, é importante uma maior conscientização da população sobre os riscos causados pelo caracol africano. “Além das ações do poder público, o controle do caramujo necessita da participação da população, já que iniciamos um período de chuva mais constante e a umidade facilita a reprodução dessa espécie invasora e exótica, que pode se reproduzir também dentro das residências caso o ambiente seja favorável e não apenas em espaços públicos”, alerta a gerente da Vigilância Ambiental e Zoonoses.

Orientações – O aumento das chuvas pode ocasionar a reprodução do caramujo africano e o verme pode transmitir de causar doenças sérias no ser humano, como meningite. Caso a espécie seja encontrada, a forma mais indicada para combatê-la e, que qualquer pessoa pode fazer, é através da catação, que deve ser feita sempre com a mão isolada por luvas ou sacos plásticos. Em seguida, o caracol deve ser afogado em balde cheio de água com sabão, onde deve permanecer submerso por 30 minutos antes de dispersar a água.

 

Caracol africano – Achatina fulica é um molusco vindo da África. Chegou ao Brasil de forma ilegal na década de 1980, no Paraná, com o intuito de substituir o escargot, uma vez que sua massa é maior que a destes animais.

Levado para outras regiões do país, a espécie não foi bem aceita pelos consumidores e proibida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), fazendo com que muitos donos de criadouros, displicentemente, liberassem seus representantes na natureza, sem tomar as devidas providências.

O caracol africano se reproduz de forma rápida e em larga escala e não possui um predador natural.

Doença – A meningite causada por A. cantonensis, tipo de verme, começa com a ingestão do caramujo ou de muco do molusco infectado. Uma vez ingeridas, as larvas do verme migram para o sistema nervoso central e se alojam nas meninges – membranas que envolvem o cérebro. O organismo inicia uma reação inflamatória, que resulta no quadro de meningite.

Geralmente, a doença é autolimitada, pois os parasitas não conseguem se reproduzir no ser humano e morrem naturalmente. No entanto, alguns pacientes desenvolvem formas graves e o índice de mortes é de 3%. O atraso no diagnóstico é um dos fatores que contribuem para o agravamento do quadro: cada dia de dor de cabeça prolongada aumenta em 26% as chances de coma.