Relógio projetado no Cristo Redentor neste sábado traz alerta sobre o combate à crise do clima
Grupo internacional de cientistas e ativistas criou o Climate Clock, ou Relógio do Clima, para evidenciar o prazo restante para mantermos o aumento médio da temperatura global em níveis minimamente seguros para a humanidade
Em meio a eventos climáticos extremos como as fortes chuvas que caíram no Nordeste brasileiro neste mês e mais um verão escaldante do hemisfério norte, chega ao Brasil neste sábado (22) o Relógio do Clima, uma iniciativa de cientistas e ativistas ambientais para chamar a atenção sobre o prazo para que o chamado “orçamento de carbono” se esgote, considerando a quantidade de carbono que continuamos a emitir na atmosfera globalmente.
O Relógio do Clima será projetado no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, entre 17h e 21h, e colocará o Brasil no mapa de eventos realizados nos cinco continentes para lembrar quanto tempo temos para buscar evitar os efeitos mais catastróficos da crise climática. Neste sábado, será a primeira vez que o relógio vai marcar menos de 6 anos, passando para os 5 anos, 364 dias e 23:59:59.
A iniciativa do Climate Clock possui um relógio digital de 24 metros na Union Square, em Nova York, nos EUA, que foi lançado em 2020, e outros relógios de grande escala em cidades como Londres, Roma, Seul, Tóquio e Pequim. Há também relógios portáteis de “ação” que estão nas mãos de líderes climáticos espalhados pelo mundo, da jovem ativista Greta Thunberg ao primeiro-ministro das Bahamas, Phillip Davis. No Brasil, a líder indígena Txai Suruí e a especialista Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, responsável pela ação do Climate Clock no país, foram presenteadas com exemplares.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_7d5b9b5029304d27b7ef8a7f28b4d70f/internal_photos/bs/2023/0/e/Fa1fyCThO4cOFl06EUTg/main-large.jpg)
Primeiro relógio do clima foi instalado na Union Square, em Nova York, nos EUA — Foto: Divulgação
“Devemos tomar medidas para reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa para zero o mais rápido possível. O tempo está literalmente encurtando por conta das emissões crescentes, enquanto os impactos climáticos estão cada vez mais fortes. Contar menos de 6 anos para cortarmos as emissões de carbono pela metade dá a dimensão da urgência com que temos que agir”, diz Natalie Unterstell.
No Rio de Janeiro, o relógio climático será projetado nos braços do Cristo Redentor. Um exemplar do relógio climático físico projetará soluções para o combate as mudanças climáticas que podem ser aplicadas no Brasil, tais como o investimento em transporte público eletrificado, economia circular, logística reversa, saneamento básico e desmatamento zero em todos os biomas, entre outros.
Quem for até o local poderá conversar com membros do Instituto Talanoa e ativistas climáticos para entender os motivos da ação e receber um material informativo, bem como tirar fotos com o relógio e postar em suas redes sociais chamando a atenção para a causa.
O evento sobre o Dia da Emergência Climática é organizado pelo Instituto Talanoa e conta com parceria da Rede Menos1Lixo.
