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Relatório da UNESCO alerta para o estado crítico dos oceanos

Relatório da UNESCO alerta para o estado crítico dos oceanos

Cidades brasileiras e países insulares enfrentam risco de submersão até 2100; Unesco alerta que apenas 25% do fundo oceânico está mapeado enquanto o aquecimento das zonas profundas atinge níveis inéditos

Um novo relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) revela informações alarmantes sobre o estado atual dos oceanos, abordando aspectos físicos, químicos, ecológicos e socioeconômicos. Apesar de apenas 25% do fundo oceânico estar mapeado, o aquecimento das zonas mais profundas ocorre em ritmo sem precedentes.

“Com o planeta aquecendo anualmente, o derretimento das calotas polares está elevando o nível do mar”, explica o biólogo e mestre em Ciência e Tecnologia Ambiental Paulo Jubilut. Segundo o Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o nível do mar pode aumentar mais de um metro até 2100, e, se as emissões de gases do efeito estufa continuarem crescendo, pode chegar a dois metros em 2100 e cinco metros em 2150.

Dados da NASA indicam que, nos últimos 30 anos, o nível dos oceanos subiu, em média, nove centímetros. O relatório da UNESCO confirma que esse processo está acelerando devido ao aquecimento global, causado principalmente pelo excesso de emissões de gases de efeito estufa.

Uma pesquisa da Climate Central, baseada em dados da NASA, aponta que várias cidades brasileiras, como Cabo Frio (RJ), Belém (PA) e Santos (SP), podem ficar submersas até 2100. Além disso, países como Tuvalu, na Oceania, correm o risco de desaparecer completamente, com suas nove pequenas ilhas sendo engolidas pelo Oceano Pacífico. Jubilut alerta que o aumento do nível do mar em Tuvalu está prejudicando a disponibilidade de água doce e a agricultura, deixando os moradores dependentes da água da chuva.

O IPCC prevê que até 72 milhões de pessoas precisarão se mudar de regiões costeiras devido ao aumento do nível do mar, além das crises migratórias causadas por secas, falta de alimentos e desastres climáticos.

As pesquisas enfatizam a necessidade de ação global coordenada para combater o aquecimento global e seus impactos nos oceanos. Medidas incluem a redução drástica das emissões de gases de efeito estufa, desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e promoção de práticas ambientais responsáveis. A conservação dos ecossistemas marinhos, restauração de áreas degradadas e políticas eficazes de gestão costeira são cruciais para mitigar os impactos negativos e proteger as comunidades vulneráveis.

Para mais informações sobre este importante relatório da UNESCO e suas implicações, continue acompanhando nosso portal.

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Foto – Freepik