Qual é o escorpião mais venenoso do mundo?

Na natureza, já foram identificadas mais de 1,4 mil espécies diferentes de escorpiões venenosos, sendo que a maioria delas não representa risco aos humanos. No entanto, alguns se destacam por sua periculosidade como aquele que é considerado o escorpião mais venenoso do mundo pelo Guinness World Records: o escorpião amarelo da Palestina (Leiurus quinquestriatus), apelidado como o “perseguidor de morte”.

O escorpião amarelo da Palestina pertence à família Buthidae, e vive em regiões áridas de deserto, incluindo o Oriente Médio e Norte da África. Embora o seu veneno possa ser letal, dependendo do estado de saúde do indivíduo e das circunstâncias — acesso ao soro antiescorpiônico —, o feroz predador mede cerca de 10 centímetros.

Por que é tão perigoso o veneno do escorpião amarelo da Palestina?

Para o Livro dos Recordes, o que torna o veneno do escorpião amarelo da Palestina tão letal é o potente coquetel de neurotoxinas presentes, incluindo a agitoxina, a cilatoxina e a clorotoxina. Por exemplo, a clorotoxina é responsável por imobilizar a presa envenenada após o ataque. Devido a sua potência, alguns estudos investigam a aplicação da substância em tratamentos experimentais contra o câncer.

Quando se pensa nos seres venenosos, é costume classificá-los a partir da dose letal mediana (LD50). De forma simplificada, esta é a dose necessária para que um determinado produto, como o veneno, mate cerca de 50% de uma população em testes controlados. Normalmente, é estabelecida em miligramas de substância por grama de massa corporal dos indivíduos testados. No caso do escorpião amarelo, o LD50 é de apenas 0,25 mg/kg com base em experimentos com camundongos. Outras espécies de animais podem ser ainda mais venenosas na natureza.

Mais escorpiões venenosos na natureza

Embora o escorpião amarelo da Palestina leve o título de escorpião mais venenoso do mundo, a terceira edição da Enciclopédia de Toxicologia destaca outras cinco perigosas espécies de escorpiões, como:

• Escorpião-amarelo (Tityus serrulatus), encontrado no Brasil;
• Escorpião-vermelho (Buthotus tamulus), identificado na Índia;
• Escorpião-negro (Androctonus crassicauda), ​​encontrado no norte da África e no sudoeste da Ásia;
• Escorpião-mexicano (Centruroides suffussus), identificado no México;
• Escorpião de casca do Arizona (Centruroides exilicauda), encontrado nos Estados Unidos.

Independente da espécie, em caso de picada de escorpião, o ideal é buscar orientação ou atendimento médico. Parestesia (sensação de formigamento ou dormência), dor intensa e inchaço no local são sintomas comuns. Dependendo da espécie, a pessoa ainda pode ter complicações no sistema nervoso, convulsões, vômitos, taquicardia ou salivação excessiva, mas, na maioria dos casos, o veneno não é letal para humanos. Na maioria das vezes, o risco é aumentado apenas para crianças e idosos.