Projeto de conservação identifica 17 tartarugas albinas raras nascidas no mesmo ninho em RR

Caso é extremamente raro, segundo Rui Bastos, coordenador do projeto ‘Quelônios da Amazônia’ do Ibama. Estimativa é que apenas uma tartaruga albina nasça a cada dois milhões de filhotes.
Um ninho de tartaruga com 17 filhotes albinos foi descoberto na região do Baixo Rio Branco, no Sul de Roraima. A área é monitorada pelo Projeto Quelônios da Amazônia (PQA), coordenado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
O caso é considerado raro, segundo Rui Bastos, coordenador do PQA. Ele explica que estudiosos apontam a estimativa de um filhote albino para cada dois milhões de nascimentos. “Causou espanto para equipe. Não sabemos a razão desse numero em apenas um ninho”, complementou.
Os filhotes nasceram nesta sexta-feira (4) no tabuleiro de manejo de reprodução Santa Fé, e em seguida, foram levados para a base do PQA. Rui explica que ainda não foi decidido se os animais serão transferidos para Boa Vista ou soltos no rio.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/n/B/i3ybP8T2yLwnDrJpe4yQ/tartarugas-albinas-roraima-3-edited.jpg)
Tartaruga albina nascida no ninho com outras 16 — Foto: Divulgação/Ibama/Projeto Quelônios da Amazônia
Caso sejam devolvidos à natureza, a soltura deve ocorrer entre os dias 26 e 29, que é quando o projeto encerra, de acordo com o coordenador.
“Vamos soltá-los em uma leva de 30 mil filhotes, para terem uma possibilidade de sobreviver aos predadores naturais do rio. Se forem soltos com uma quantidade pequena de outros filhotes, a chance de sobreviverem é mínima. Chamam muita atenção”, explicou Rui.
Em 2022, o PQA identificou 1,2 mil ninhos com uma previsão de soltura de 120 mil filhotes de tartarugas nas água do Rio Branco. A equipe é constituída por técnicos do Ibama, colaboradores e policiais militares da Companhia Independente de Policiamento Ambiental (CIPA).