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Painel solar que imita telhas de terracota preserva desenho arquitetônico tradicional de Vicenza

Painel solar que imita telhas de terracota preserva desenho arquitetônico tradicional de Vicenza

Chamada de ‘Invisible Solar’, a tecnologia feitas por artesãos já foi instalada em Pompéia

Pensando em manter a memória arquitetônica de cidades históricas, uma família italiana desenvolveu um painel solar “invisível”, chamado Invisible Solar.

A tecnologia, que é feita por artesãos em uma pequena oficina da empresa familiar Dyaqua, tem a aparência de uma telha de terracota, mas possui células fotovoltaicas capazes de transformar a energia do Sol em eletricidade.

telha solar italiana
Imagem: Divulgação

Por ser feita à mão, cada telha mantém uma aparência única, assim como ocorre no processo de fabricação de um telhado de barro tradicional.

A porta-voz da empresa, Elisa Quagliato, conta ao jornal Fast Company que a Invisible Solar começou a ser desenvolvida há mais de 10 anos, quando houve uma explosão de instalação de painéis solares em cidades históricas, como Vicenza, que é Patrimônio da Humanidade.

As telhas solares, que têm a aparência muito similar às telhas de terracota usadas pelos antigos romanos, são feitas de um composto de polímero que permite que a luz solar seja captada. Mas o processo de produção envolve a colocação manual de uma camada de células fotovoltaicas no meio do objeto.

A Invisible Solar pode ser instalada como uma telha de terracota padrão, por qualquer instalador, não exigindo habilidades específicas, explica Quagliato.

O fundador da Dyaqua, Giovanni Battista Quagliato, criou os primeiros protótipos das telhas em 2010, mas sua empresa lutou para encontrar apoio financeiro para produção em larga escala.

“Chegou o momento em que tivemos que decidir se abandonávamos o projeto ou se continuávamos sozinhos, mas com uma pequena produção artesanal”, conta Elisa Quagliato à Fast Company.

As telhas foram instaladas em Pompéia e na pequena cidade italiana de Vicoforte, mas uma instalação maior começará em breve em Évora, Portugal, como parte de um projeto financiado pela UE que visa ajudar as cidades históricas a “se tornarem mais verdes, mais inteligentes e mais habitáveis, respeitando sua herança cultural”.

A desvantagem é que a telha solar da Invible Solar é menos eficiente que um painel solar convencional. De acordo com a porta-voz da Dyaqua, cada 30 metros quadrados de área gera 1 quilowatt-hora de eletricidade. Para se ter uma ideia, ocupando a mesma área, um painel solar convencional pode produzir 4,5 quilowatt-hora.