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O Sopro do Papa Francisco sobre a Terra

O Sopro do Papa Francisco sobre a Terra

Durante seu tempo como Papa, Francisco deixou um rastro de cuidado e esperança em relação ao meio ambiente. Com palavras simples e gestos firmes, ele reconheceu a dor da Terra como um clamor que atravessava fronteiras e tocava todos, especialmente os mais frágeis.

Chamava a Terra de nossa “casa comum” — não apenas um lugar onde vivemos, mas algo que precisa
ser amado, protegido e respeitado.

Em sua encíclica Laudato Si’, escrita em 2015, ele falava sobre como tudo está conectado: as árvores, os rios, os animais, os seres humanos… Nada está isolado, tudo pulsa junto. Francisco via essa interdependência como um convite a um novo modo de viver, mais atento, mais terno.

Ele pedia à sociedade que abrisse os olhos diante da destruição ambiental, das mudanças climáticas, da exploração desenfreada. Mas não apontava dedos — ele convidava, com doçura, a uma conversão do coração. A crise ecológica, dizia, era também uma crise social.

Os pobres sofriam primeiro, e mais. E isso exigia um olhar de justiça e compaixão. Francisco acreditava na força da educação, na espiritualidade que floresce quando se caminha ao lado da natureza.

Ele falava de um mundo onde cuidar da criação é também cuidar da alma. Participava de encontros e conferências, como a COP28, e levava sua voz ao mundo com coragem, mas sem perder a ternura.
No Vaticano, incentivou mudanças simples e concretas, como o uso de energias renováveis e o consumo mais consciente.

Com ele, a Igreja passou a caminhar com mais firmeza em direção a uma “ecologia integral” — uma forma de viver que reconhece que tudo está entrelaçado: o planeta, as pessoas, as relações, a economia, a espiritualidade.

Francisco não apenas falou sobre o cuidado com o mundo. Ele viveu esse cuidado. E, com sua maneira serena e firme, nos lembrou que ainda é tempo de recomeçar — com mais leveza,
mais amor e mais reverência por tudo o que vive.