O que é a camada de ozônio? Saiba que papel ela desempenha para a Terra
O buraco na camada de ozônio colocou o mundo em alerta no século 20. No Dia Internacional da Preservação da Camada de Ozônio, veja como os países lidaram com esse problema.
A camada de ozônio é definida como “um fino escudo de gás na atmosfera da Terra que protege o planeta, absorvendo os raios ultravioleta (UV) do sol e ajudando a preservar toda a vida existente”, conforme afirma a Organização das Nações Unidas (ONU).
Cerca de 90% do ozônio da atmosfera é encontrado na estratosfera, a camada entre 10 e 50 quilômetros acima do nível do mar, acrescenta a Nasa (agência norte-americana da Aeronáutica e Espaço).
Mas essa camada de ozônio, que é tão importante para a sobrevivência de todas as espécies (inclusive das pessoas), foi danificada por atividades humanas poluentes. No Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, celebrado em 16 de setembro, saiba mais sobre essa importante proteção da Terra garantida pela natureza.
Na foto, a captura de uma animação conceitual da Nasa mostrando como os produtos químicos que destroem a camada de ozônio se deslocam do equador para os polos. Os produtos químicos ficam presos pelos ventos no vórtice polar, um anel de ar que se move rapidamente ao redor do Polo Sul, explica a agência espacial.
Foto de NASA Goddard
O que é o buraco na camada de ozônio?
O buraco na camada de ozônio é o nome dado para uma região da capa de ozônio estratosférica que foi severamente reduzida nas últimas décadas, explica a Nasa. Ele está localizado sobre a Antártida.
De acordo com a agência norte-americana, esse buraco é resultado de atividades humanas, em particular, a liberação na atmosfera de grandes quantidades de clorofluorcarbonos (CFCs), encontrados em produtos de uso diário, como os aparelhos de ar condicionado, geladeiras e aerossóis, e outras substâncias que destroem a camada de ozônio .
Qual é a importância da camada de ozônio para a Terra?
As substâncias que destroem a camada de ozônio têm o potencial de criar uma espécie de “buraco”, permitindo que os raios UV prejudiciais incidam diretamente no planeta Terra, expondo os seres humanos a níveis altos e prolongados de radiação, resultando em câncer de pele e doenças oculares, entre outros problemas de saúde.
Além disso, animais, plantas e microorganismos também são gravemente afetados. Em resumo, a camada de ozônio protege a vida na Terra e é essencial para a sobrevivência de um número imenso de seres vivos presentes no planeta.
A visualização feita pela Nasa mostra os impactos na camada de ozônio sobre o polo antártico. As cores roxa e azul são onde há menos ozônio, e as amarelas e vermelhas são onde há mais ozônio.
Foto de NASA Ozone Watch
Qual é o estado da camada de ozônio em 2024?
Diante do crescimento do buraco, o mundo adotou o Protocolo de Montreal em 1987, um acordo que fornece um conjunto de medidas práticas para eliminar as substâncias que destroem a camada de ozônio e controlar os produtos que contêm esses produtos químicos nocivos, diz a ONU.
O Protocolo foi alterado em 2016 em Kigali, na Ruanda (motivo pelo qual ficou conhecido como a Emenda de Kigali) para também eliminar gradualmente a produção e o uso de hidrofluorcarbonos (HFCs). “Eles foram considerados mais potentes do que o dióxido de carbono e prejudiciais ao clima”, explica a ONU.
O Protocolo de Montreal, considerado “um dos tratados ambientais mais bem-sucedidos do mundo”, teve efeitos positivos e demonstra que o multilateralismo e a cooperação global efetiva funcionam, afirma a ONU.
A ONU ainda diz que, graças ao acordo, “houve uma redução substancial nas emissões de ODS nas últimas duas décadas, e há evidências de que a camada de ozônio esteja se recuperando e será capaz de voltar a seu estado normal até meados deste século”. Mais especificamente, é provável que o buraco na Antártida seja fechado até a década de 2060.
Por que é comemorado o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio
O Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio acontece anualmente em 16 de setembro. O evento, promovido pela Assembleia Geral das Nações Unidas, da ONU, comemora exatamente a data da assinatura do Protocolo de Montreal em 1987.