O lugar onde ninguém chega… exceto o lixo: ‘Ponto Nemo’, a área mais remota da Terra, abriga lixo espacial e resíduos humanos
Conheça este ponto isolado do Pacífico Sul, destino de satélites aposentados e vestígios da atividade humana
Você já imaginou um lugar tão isolado que os seres humanos mais próximos estão a centenas de quilômetros acima, flutuando na Estação Espacial Internacional? Esse local existe e se chama Ponto Nemo: o ponto mais distante de qualquer terra firme no planeta. Localizado no Pacífico Sul, a cerca de 2.700 quilômetros de qualquer continente ou ilha, Ponto Nemo é oficialmente conhecido como o “polo oceânico de inacessibilidade”.
Desde a década de 1970, agências espaciais internacionais utilizam Ponto Nemo como um “cemitério espacial” para descartar satélites e estações espaciais desativadas. De acordo com a Revista Super, a NASA anunciou que, em 2031, a Estação Espacial Internacional será aposentada e enviada para esse local remoto. Com profundidades que chegam a 4.000 metros, a região oferece um destino seguro para esses objetos, longe de áreas habitadas.
A região ao redor de Ponto Nemo é caracterizada por águas pobres em nutrientes, o que resulta em uma biodiversidade marinha limitada. Estudos indicam que a vida marinha é escassa, com apenas algumas bactérias e caranguejos de águas profundas presentes. Esse ambiente inóspito torna o local ideal para o descarte de lixo espacial.
Apesar de sua remota localização, Ponto Nemo não escapa da poluição humana. Estudos realizados durante a regata Volvo Ocean Race detectaram partículas de microplástico nas águas próximas ao ponto. Isso evidencia que, mesmo nos lugares mais isolados, os resíduos plásticos chegam, transportados por correntes oceânicas e ventos.
Ponto Nemo é tão distante que os seres humanos mais próximos estão na Estação Espacial Internacional, orbitando a Terra a cerca de 400 quilômetros de altitude. Essa peculiaridade destaca o isolamento extremo do local e sua importância como ponto de referência para as agências espaciais.
