Novo estudo com quase 50 mil mulheres associa o café a um envelhecimento saudável e à prevenção de doenças

Pesquisadores apresentaram resultados em fórum anual de nutrição
Um novo estudo indicou possíveis benefícios a longo prazo do consumo de café, especialmente para o envelhecimento saudável e na prevenção de doenças crônicas. Os resultados foram apresentados por pesquisadores na última segunda (2/6), na reunião anual da Sociedade Americana de Nutrição, segundo informações publicadas pelo jornal The New York Times. Vale ressaltar que o estudo é observacional e não pode provar relação causal direta, embora os indícios sejam fortes.
“Ainda assim, os resultados que relacionam o café ao envelhecimento mais saudável foram surpreendentes. Os dados são bastante consistentes em que o consumo de café é realmente benéfico”, defendeu a professora de epidemiologia nutricional Fang Fang Zhang, da Universidade Tufs, em Massachusetts, que participou do estudo.
Desde os anos 1970, 47 mil mulheres foram monitoradas, respondendo questionários periódicos sobre suas dietas, especialmente com dados relacionados ao consumo de café, chá e refrigerantes. Segundo os pesquisadores, as mulheres que consumiam mais café, até sete xícaras de 237 ml por dia, tinham 13% mais chances de ter um envelhecimento saudável. Houve um destaque para o consumo entre os 45 e 60 anos de idade das participantes. Essa relação também se estabeleceu para evitar o surgimento de câncer, diabetes tipo 2, doenças cardíacas, insuficiência renal, Mal de Parkinson e esclerose múltipla.
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Já quem consumia chá ou café descafeinado não teve a mesma relação de direta de benefícios. No entanto, os refrigerantes, que também costumam ter cafeína, se relacionaram a uma diminuição da probabilidade de envelhecimento saudável.
Mínimo e máximo de consumo diário
Os pesquisadores apontaram ainda que a partir de três ou quatros xícaras diárias, os benefícios costumam se estabilizar ou até diminuir. Diretora do estudo, a professora adjunta de ciências da nutrição da Universidade de Toronto, Sara Mahdavi, afirmou ainda que beber tanta quantidade de café, como as sete xícaras citadas, não necessariamente vai beneficiar a todos.
Entre as 47 mil mulheres analisadas, cerca de 3.700 estavam vivas, com mais de 70 anos e com boa saúde física e mental, sem impactos cognitivos ou problemas de memória. Elas também não apresentaram 11 das doenças listadas.