Ministério da Saúde cria comitê de emergência para mpox
Para monitorar a situação do vírus mpox (anteriormente, era varíola dos macacos) no Brasil, o Ministério da Saúde criou um comitê de emergência com especialistas, que começa a funcionar nesta quinta-feira (15). Por mês, são registrados de 40 a 50 casos da infecção que provoca erupções na pele.
“Não há motivo de alarme [em relação à mpox no Brasil], mas de alerta”, afirmou Nísia Trindade, ministra da Saúde, durante coletiva de imprensa, na quarta (14). Isso porque, diferente do que se observa no continente africano, a situação no Brasil está sob controle.
A iniciativa é uma resposta ao alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o potencial risco da mpox se disseminar para outros continentes e causar uma nova pandemia.
Casos do vírus mpox no Brasil
Neste ano, já foram notificados 709 casos de mpox. Embora o número seja elevado, é bem menor que os mais de 10 mil casos notificados em 2022, durante o pico da doença no país. De lá para cá, foram 16 óbitos, sendo que o último é de abril de 2023.
Então, a ideia do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) à Mpox é monitorar a evolução da doença e planejar possíveis respostas em caso de um novo aumento de notificações.
“Nós vamos instituir um Comitê de Operação de Emergência, envolvendo Ministério da Saúde, Anvisa, conselhos de secretários municipais e estaduais de saúde”, detalhou a ministra Trindade sobre a junção de forças em prol da saúde.
A aquisição de testes de diagnóstico, a emissão de possíveis alertas para viajantes e a criação de um plano de contingência devem estar entre as primeiras medidas a serem implementadas pelo comitê de emergência.
Vai ocorrer vacinação no Brasil?
Outro ponto importante no combate à mpox é a vacinação, já adotado no Brasil para públicos bastante específicos durante a última onda de casos. Cerca de 29 mil doses do imunizante Jynneos foram aplicadas. Ainda não há planos para compra de novos lotes e nem de uma vacinação em massa.
Sintomas da mpox
O vírus mpox pode ser transmitido de diferentes formas, como o contato com lesões na pele de pessoas infectadas ou mesmo por objetos pessoais contaminados. Animais infectados também podem transmitir a doença — entretanto, este não é o caso mais provável no Brasil.
Entre os sintomas mais comuns, estão:
- Erupções cutâneas ou lesões de pele;
- Linfonodos inchados (ínguas);
- Febre e calafrios;
- Dores no corpo;
- Dor de cabeça;
- Fraqueza.
As erupções na pele podem aparecer no rosto, na palma das mãos, nas plantas dos pés, na boca, nos órgãos genitais e no ânus. Se há suspeita, a indicação é buscar orientação médica, evitando a transmissão.