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Maioria das crianças não apresentam efeitos colaterais graves com vacina da Pfizer

Maioria das crianças não apresentam efeitos colaterais graves com vacina da Pfizer

Enquanto o Brasil ainda nem começou a vacinação contra a Covid-19 em crianças, os Estados Unidos já reforçam a importância de imunizar as crianças contra o coronavírus por meio de dois estudos recentes divulgados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).

A agência avaliou relatórios e respostas a pesquisas de 43 mil crianças de 5 a 11 anos que receberam vacina da Pfizer-BioNTech e concluiu que problemas graves são extremamente raros nessa faixa etária.

Até 19 de dezembro, cerca de seis semanas após o início da vacinação, foram mais de 8 milhões de doses administradas e até agora poucos relatos de problemas sérios foram enviados ao CDC.

A maior parte das queixas era referente à dor no local da injeção, cansaço ou dor de cabeça, principalmente após a segunda dose. Mas também 13% das crianças relataram febre após a segunda injeção.

Assim, felizmente, continuaram escassos os casos de miocardite, a inflamação do músculo cardíaco que, apesar de rara, se tornou uma das principais preocupações na campanha de vacinação.

Em números, foram 11 relatos verificados pelo CDC, dos quais 7 estavam recuperados e 4 estavam se recuperando. Segundo a agência, esse efeito colateral parece acometer mais meninos e homens com idades entre 12 e 29 anos.

No entanto, a agência também relatou duas notificações de morte, de meninas de 5 e 6 anos. Ambas tinham condições médicas crônicas e, antes de serem vacinadas, já estavam frágeis. Por isso, não é possível sugerir uma associação causal entre as vacinas e os casos de morte.

Já os achados de um segundo estudo reforçaram a importância de vacinar as crianças para evitar as internações hospitalares. Foram analisadas mais de 700 crianças menores de 18 anos que estavam internadas com a doença em seis cidades americanas no verão de 2021. Vale lembrar que no hemisfério norte as estações do ano são invertidas com as do Brasil.

O estudo descobriu que:

  • Apenas 0,4% dessas crianças tinham sido totalmente vacinadas;
  • Dois terços delas tinham uma comorbidade – em geral, obesidade;
  • Um terço das crianças com 5 anos ou mais tinham mais de uma infecção viral.

Infelizmente, quase um terço das crianças internadas precisou ser tratado em unidades de terapia intensiva e quase 15% delas precisaram de ventilação artificial.

Os estudos divulgados pelo CDC atestam que as vacinas são seguras e reforçam a importância de usá-las em crianças para protegê-las de internações hospitalares. Ainda assim, para alguns especialistas existe uma chance de que as crianças brasileiras não consigam ser vacinadas antes do início do ano letivo.