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Hipotireoidismo em cães: saiba as causas da doença e como identificá-la

Hipotireoidismo em cães: saiba as causas da doença e como identificá-la

Os sintomas mais comuns nos cachorros são queda de pelos, lesões na pele e letargia

O hipotireoidismo canino é uma doença endócrina causada pela deficiência dos hormônios da tireoide. Conhecidos como T3 e T4, eles são importantíssimos para diversos processos metabólicos do organismo.

A doença pode ocorrer de forma natural, devido a tireoidite linfocítica ou atrofia da tireoide, ou por em decorrência do uso de certos medicamentos, sendo a primeira a forma mais comum. É possível, ainda, que o hipotireoidismo seja congênito, porém é mais raro.

Uma deficiência desses hormônios pode levar a doenças de pele, fraqueza, aumento das taxas de colesterol, triglicérides e anemia. Por isso é importante que os tutores levem os pets ao médico-veterinário sempre que notarem algo diferente.

“O hipotireoidismo leva a redução do metabolismo como um todo e em maior ou menor grau afetará o funcionamento de todos os órgãos”, explica Hilka Fatima Frison Mendes Neves, médica-veterinária especializada em endocrinologia de cães e gatos.

Os sintomas mais comuns e mais facilmente identificados pelos tutores são perda de pelos, lesões de pele, letargia, falta de interesse nas atividades e ganho de peso. “Em alguns casos é possível notar o que chamamos de “face trágica”, decorrente de um inchaço na região facial, e a “cauda de rato”, quando o rabo do cão fica sem pelos, se assemelhando ao de um roedor”, conta Jéssica Abatzoglou Magno, médica-veterinária pós-graduada em homeopatia.

O tratamento é feito através de reposição de hormônios que equilibram novamente o organismo  (Foto: Pxhere/divulgação/CreativeCommons)
O tratamento é feito por meio de reposição de hormônios, que equilibram novamente o organismo (Foto: Pxhere/ divulgação/ CreativeCommons)

O diagnóstico é feito por meio de exames hormonais (em cães espera-se identificar T4 livre por diálise reduzido e TSH elevado).  Além disso, em animais com a doença, é comum observar observar anemia, aumento de colesterol, alteração de fígado e de vesícula biliar em exames de sangue e ultrassom. As raças mais predispostas são golden retriever, dachshund, cocker spaniel, rottweiller, beagle e labrador.

O tratamento é relativamente simples, feito por meio de reposição dos hormônios, e geralmente dura a vida toda do animal. Segundo Hilka, esse problema requer acompanhamento de um veterinário – existem profissionais especializados na área endócrina – envolve reavaliações clínicas periódicas, exames de sangue gerais e controle hormonal da levotiroxina sérica (hormônio da tireoide presente na corrente sanguínea).