Anchor Deezer Spotify

Gripe aviária: primeiro caso da doença em um boto é registrado no mundo

Gripe aviária: primeiro caso da doença em um boto é registrado no mundo

O Instituto Veterinário da Suécia (SVA) registrou o primeiro caso de infecção por gripe aviária em um boto. O animal, que morreu após encalhar na praia de Kämpersvik, na Suécia, foi submetido a exames que detectaram o vírus H5N1 em vários órgãos do mamífero.

“Até onde sabemos, este é o primeiro caso confirmado de gripe aviária em um boto no mundo. É provável que o animal tenha de alguma forma entrado em contato com aves infectadas”, disse a veterinária-chefe Elina Thorsson em comunicado divulgado nesta quarta-feira (31).

China confirma primeiro contágio de nova cepa da gripe aviária no mundo
Imagem: Henadzi Pechan (iStock)

Segundo informações do O Globo, as autoridades do país tentaram retirar o animal do local, ainda vivo, e levá-lo para águas mais profundas, mas, exausto, acabou morrendo no mesmo dia.

“Ao contrário das focas, nas quais doenças ligadas a vírus aviários foram detectadas em várias ocasiões, há apenas alguns casos de vírus influenza em cetáceos”, explicou Thorsson, acrescentando que a gripe aviária já foi detectada em outros mamíferos, como raposas, lontras, linces e doninhas – mas nunca em botos.

Surto de gripe aviária

Tanto a Europa quanto a América do Norte estão enfrentando surtos de gripe aviária há alguns meses. Na França, inclusive, 3 milhões de animais foram sacrificados na tentativa de conter o avanço da doença, segundo notificou o Ministério da Agricultura francês. O gado dessas regiões também tem sido afetado. No entanto, segundo a SVA, o risco da variante afetar a população é pequeno.

“É um achado incomum e interessante porque temos a oportunidade de aprender mais sobre o vírus. Ao mesmo tempo, trata-se de um caso individual, e não vimos nenhum aumento na mortalidade entre os botos. Sabemos que existe o risco de os mamíferos marinhos serem infectados e, portanto, incluímos a amostragem para influenza em nosso programa de vigilância”, finalizou a especialista.