Gestão de resíduos: o que a indústria, o comércio e os consumidores estão fazendo pra reduzir o lixo doméstico e o uso de plástico de uso único?

A ONU é taxativa: “O mundo precisa eliminar os plásticos de uso único e desnecessários. No Brasil, só 4% dos resíduos plásticos são reciclados. A boa notícia é que, segundo o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), podemos reduzir a poluição plástica em 80% até 2040 se os países e as empresas fizerem mudanças profundas nas políticas e no mercado usando as tecnologias existentes.

E o Brasil, maior produtor de plástico da América Latina, já tem tecnologia para fazer frente a isso. A ERT produz, em Curitiba, bioplástico 100% compostável (que vira adubo em 180 dias), a partir da cana-de-açúcar. Diferentemente do plástico comum, feito de petróleo, que pode levar 200 anos para se decompor e acaba parando nos oceanos, no interior dos animais marinhos e até na nossa corrente sanguínea, o plástico da ERT vira adubo no fim da sua vida útil.

Kim Fabri, CEO da ERT, é um dos nomes que lideram a transformação da indústria do plástico, para que exista alternativa ao plástico de origem fóssil (petróleo), sobretudo para itens de uso único (descartáveis).

Há muitas pesquisas recentes em publicações científicas sobre os prejuízos do plástico que podemos compartilhar tb. E uma legislação a caminho para restringir o uso, na linha do que o Distrito Federal já fez.