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Entenda por que você não deveria fumar em ambientes com carpete

Entenda por que você não deveria fumar em ambientes com carpete

Se pensou que é por causa do risco de incêndio, saiba que há uma outra razão

Em locais onde pessoas fumam regularmente, o tabaco deixa “rastros” nas superfícies, que são capazes de permanecer ali por muito tempo. Esses resíduos têm o potencial de ser uma fonte de poluição a longo prazo, pois eles não ficam presos às superfícies. E mais: ao voltar para o ar, podem até mesmo se transformar em um novo tipo de contaminante.

Para entender melhor o fenômeno, cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley (instituição ligada à Universidade da Califórnia e ao Departamento de Energia dos EUA) vêm pesquisando o comportamento de tais resíduos em carpetes. E eles concluíram que a higienização desse tipo de superfície é especialmente difícil quando a intenção é livrar-se dos rastros deixados pelo cigarro.

Publicado recentemente no periódico Environmental Science and Technology, o estudo analisou amostras antigas (retiradas de casas da região de San Diego) e novas (expostas à fumaça de cigarro no laboratório). Para serem higienizados, os carpetes passaram pelo processo de ozonização – que é um método bem comum de limpeza.

Observou-se que a ozonização removeu parcialmente um grupo de compostos químicos denominados hidrocarbonetos policíclicos aromáticos – tanto nos carpetes velhos quanto nos novos. E o processo foi relativamente ineficaz na remoção da nicotina profundamente impregnada, pois as fibras e outros elementos químicos presentes nessas superfícies acabam servindo como uma barreira.

“Por não penetrar profundamente nos materiais, o ozônio tem uma capacidade limitada de limpar permanentemente” diz Xiaochen Tang, principal autor do estudo, em um comunicado do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley. “No caso do carpete, talvez a melhor solução seja troca-lo por um novo”, completa.