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Embalagens de alimentos de celulose caminham para substituir plásticos descartáveis

Embalagens de alimentos de celulose caminham para substituir plásticos descartáveis

Pesquisadores finlandeses criaram uma nova alternativa aos plásticos descartáveis que é mais amigável não apenas do ponto de vista ambiental, mas também do ponto de vista do processo produtivo da indústria.

O material é uma espécie de espuma feita à base de celulose.

“Nas indústrias que utilizam grandes quantidades de plástico, como o setor das embalagens alimentares, podemos encontrar muitas oportunidades para reduzir a utilização de materiais à base de combustíveis fósseis e substituí-los por materiais sustentáveis, que nos aproximem das sociedades neutras em carbono do futuro e nos permitam ser mais frugais com os recursos naturais,” disse Jarmo Kouko, do Centro de Pesquisas Técnicas (VTT).

O elemento que pode ser um apelo mais forte para a indústria, porém, está em uma propriedade do material chamada extensibilidade, que mostra o quanto o material pode se espichar ao ser pressionado contra um molde, que é o método padrão de fabricação das embalagens para alimentos.

As chapas comerciais típicas têm entre 3-6% de extensibilidade e as melhores placas comerciais moldáveis têm entre 10-18% de extensibilidade. A nova espuma à base de celulose, por sua vez, alcançou até agora 30% de extensibilidade, e a equipe continua trabalhando nesse quesito.

Embalagens de alimentos de celulose caminham para substituir plásticos descartáveis

O material já nasce adequado às exigências da indústria.
[Imagem: VTT]

Já faz a diferença

A extensibilidade alcançada ainda é significativamente menor do que a dos polímeros à base de petróleo, como os filmes de polipropileno usados hoje, mas é um passo importante para a criação de uma alternativa verdadeira a esses materiais, aplicável industrialmente e atendendo a critérios de custo-benefício.

“Tem havido muitas pesquisas acadêmicas excelentes em todo o mundo sobre como eliminar os plásticos, mas o desafio é que elas raramente vão além da pesquisa. Portanto, estamos extremamente entusiasmados e orgulhosos dos resultados que produzimos em nosso estudo em escala piloto, que mostra claramente o potencial comercial das nossas embalagens rígidas à base de celulose,” finalizou Kouko.