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“Doença da mosca” é mais uma virose na onda epidemiológica dos brasileiros

“Doença da mosca” é mais uma virose na onda epidemiológica dos brasileiros

Nos últimos dias têm sido comum o relato de pessoas que foram acometidas pela “doença da mosca”. Conhecida cientificamente como Doença Diarreica Aguda (DDA) ou gastroenterite aguda, a virose da mosca ganhou este nome devido ao crescente aparecimento de moscas no período chuvoso do ano. Estas, pousam em áreas contaminadas e depois em alimentos, podendo transportar microrganismos que levam doenças para dentro de sua casa.

Para o infectologista Fernando Chagas, devido ao hábito de transitar por diversos tipos de matéria orgânica (lixo, fezes, cadáveres), as moscas acabam transportando em suas pernas esses patógenos, que podem causar doenças, especialmente diarreias e desconfortos intestinais. “E não só as moscas, outros insetos e o próprio ser humano pode transmitir quando esquece de lavar as mãos ou os alimentos adequadamente”, lembrou.

Ele informou que no geral, são doenças leves e autolimitadas, que acabam em alguns dias, mas o risco de desidratação é grande, por isso se deve garantir a hidratação e alimentação do doente durante o período. “Persistindo os sintomas ou surgindo sinais de desidratação, a orientação é procurar o atendimento médico”, recomendou.

“Essa é mais uma daquelas doenças que evitamos seguindo os bons hábitos de higiene e limpeza. Já pensou quantos males evitamos assim?”, questionou Fernando Chagas.

Os principais sintomas são: diarreia, febre, náusea, cólicas abdominais, inchaço, vômito, sangue nas fezes e desidratação em casos mais graves.

Os cuidados preventivos são muito bem-vindos para que a enfermidade seja evitada, como o acondicionamento adequado do lixo, mantendo-o sempre em sacos fechados e descartando-os apenas no dia e horário do caminhão de coleta. As lixeiras também devem ser lavadas após a retirada do lixo, pois podem conter ovos ou larvas. Deve-se evitar o acúmulo de qualquer resíduo orgânico, como adubos na superfície da terra e restos de alimentos.

Outra importante medida para evitar a virose é sempre proteger os alimentos para que não fiquem expostos.

A nutricionista Dácio Castro, foi vítima na última semana da DDA e ainda não sabe a forma que foi transmitida a doença com duração de três dias.

“Fui acometida pela virose com sintomas como: dores no corpo, diarreia aguda e náuseas. Embora algumas pessoas sintam febre, não foi o meu caso. Consegui combater através de uma hidratação constante com água, chás e suco de maçã. Uma dieta leve e sem lactose. Além disso, acredito que o meu sistema imunológico ajudou muito, pois consigo ter um estilo de vida saudável com alimentação, atividades físicas e suplementos diários”, destacou.

Dácia Castro lembrou que a experiência que compartilha é a de que realmente se as pessoas não estiverem com a imunidade boa e nutrição equilibrada, tende a agravar a desidratação, precisando de internação. “Quem não tem um estilo de vida saudável fica mais complicado. Consegui até mesmo desenvolver minhas atividades”, lembrou.