Diretor do Inmetro dá dicas para comprar brinquedos com segurança
Selos do Instituto garantem que o produto não é tóxico para os pequenos, não tem bordas cortantes e tem volume sonoro máximo que não prejudica a audição
O Dia das Crianças está chegando e com ele surgem dúvidas de como escolher o brinquedo ideal para os pequenos. Em entrevista na última quinta-feira (7) à Agência Brasil, o diretor substituto de Avaliação da Conformidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Leonardo Rocha, reforçou a importância de procurar o selo de conformidade do Inmetro na hora da compra.
“A presença desse selo significa que o produto passou por um processo de avaliação e demonstrou cumprir com os requisitos de segurança”, afirmou Rocha. Obrigatório em brinquedos desde 1992, o selo do Inmetro é concedido depois que o produto passa por vários testes em laboratórios. São analisados itens de segurança como impacto e queda (bordas cortantes e pontas agudas); mordida (partes pequenas que podem ser levadas à boca); toxicidade (metais e substâncias nocivos à saúde); inflamabilidade (risco de combustão em contato com o fogo); e ruído (níveis acima dos limites estabelecidos pela legislação).
Rocha destacou ainda que as compras devem ser feitas em lojas que funcionem legalmente e que é melhor “evitar camelôs e feiras, locais em que, geralmente, são vendidos produtos que não atendem aos requisitos de segurança e, muitas vezes, são falsificados”. Na internet, os consumidores também devem localizar o selo do Inmetro nas fotos disponibilizadas da caixa do produto e, se ficarem na dúvida, podem procurar o serviço de atendimento ao consumidor da loja através de chat ou telefone.
É importante notar ainda, de acordo com Rocha, a restrição de faixa etária colocada na caixa do brinquedo, que também aparece através de um selo. Ele indica se o produto está proibido para uma determinada idade por questões de segurança, como peças pequenas que podem ser engolidas por um bebê.
Para os pais que têm mais de uma criança em casa, de idades diferentes, Rocha recomendou que fiquem atentos para que a mais nova não use o brinquedo da mais velha e que haja uma supervisão mínima por parte dos adultos.
Rocha lembrou ainda que pais e responsáveis devem exigir a nota fiscal do brinquedo para, em caso de problema, requerer a troca do produto. O diretor disse ainda que, na eventualidade de algum acidente envolvendo produtos com selo do Inmetro e comprados em estabelecimento comercial legalizado, o fato deve ser denunciado ao Instituto para que o problema seja apurado. Cerca de 15% das reclamações que chegam ao Inmetro são referentes a brinquedos, disse Rocha.