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Diarreias crônicas em cães e gatos: sintomas, causas e prevenção

Diarreias crônicas em cães e gatos: sintomas, causas e prevenção

Especialistas revelam as doenças que têm como sintoma a diarreia crônica. Além disso, veja quais são as consequências dessa condição para o organismo do pet

A diarreia em cães e gatos é considerada crônica quando dura cerca de três semanas. Os sintomas são fezes pastosas ou líquidas, podendo apresentar muco, com ou sem sangue. O quadro também ocorre de forma esporádica, em formato de crises, durando meses ou até anos, segundo Bruna Gonçalves da Silva, médica-veterinária gastroenterologista.

A causa mais comum é a intoxicação alimentar, quando o pet ingere um alimento inapropriado, que, muitas vezes, os tutores deixam cair no chão, sem perceber, e os animais acabam comendo.

Mas existem outras doenças que têm como principal sintoma a diarreia crônica, como: enterites parasitárias, sendo a mais comum a giardíase, doença inflamatória intestinal, alergia alimentar, neoplasias intestinais e linfoma, principalmente em gatos, afirma Juliana Andrade, professora do curso de medicina veterinária do Centro Universitário da Serra Gaúcha — FSG.

“Quando crônica, ela pode agravar o estado clínico do animal, uma vez que altera a absorção dos nutrientes pelo intestino e causa uma disbiose intestinal, colaborando com alterações no organismo, como perda de peso e infecções persistentes, gerando, em alguns casos, infecções sistêmicas. Se não for tratada corretamente, traz malefícios gerais e, no caso dos filhotes, pode ocorrer um atraso no seu desenvolvimento”, alerta.

A diarréia crônica pode alterar o organismo do animal, levando a perda de peso e a infecções persistentes (Foto: Pexels/ Евгений shvedov_xubun/ CreativeCommons)
A diarreia crônica pode alterar o organismo do animal, levando à perda de peso e a infecções persistentes (Foto: Pexels/ Евгений shvedov_xubun/ CreativeCommons)

Tratamento

O tratamento varia conforme o diagnóstico. Durante a fase de exames, antes de chegar na conclusão do que há de errado com o pet, é importante que o médico-veterinário trate os sintomas.

Caso o animal esteja desidratado, com vômito, muita diarreia e dor abdominal, por exemplo, o profissional poderá orientar a internação para a administração de fluidoterapia intravenosa, antieméticos, analgésicos, repositores eletrolíticos, a fim de compensar as perdas do bicho por meio das fezes, explica Juliana.

Após amenizar o mal-estar com esses cuidados e uma dieta especial, o veterinário irá avaliar os resultados dos exames, fazendo um diagnóstico definitivo. A partir disso, o tratamento será específico para tratar a causa da doença.

Como prevenir?

Bruna alerta que é importante realizar o acompanhamento com um médico-veterinário de confiança, principalmente no caso de pacientes idosos, além de visitas periódicas ao profissional. “Os exames de rotina podem detectar precocemente alguma alteração que trará manifestações futuras”, explica.

O tutor também consegue evitar esse cenário de forma simples, não oferecendo a sua comida para o bicho. Alguns alimentos, como pães, embutidos, comidas temperadas e carne de churrasco, são de difícil metabolização para os pets.

“Inclusive, o churrasco pode até causar uma inflamação no intestino, com presença de muito sangue nas fezes”, finaliza Juliana.