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Copa do Mundo: cuidados com os pets em dias de jogos do Brasil

Copa do Mundo: cuidados com os pets em dias de jogos do Brasil

Especialistas dão dicas de como curtir os jogos ao lado dos pets com segurança, deixando-os mais relaxados

A Copa do Mundo começou! Muitos torcedores vão às ruas assistir aos jogos e levam seus amigos de quatro patas junto. Mas, afinal, quais são os cuidados que os tutores devem ter nessa época?

Os acessórios e roupinhas são uma forma de deixá-los com a cara da torcida brasileira, mas a médica-veterinária Juliana Almeida Germano explica que é melhor evitar adornos que incomodam os animais, como sapatos e óculos.

“Aqueles que fazem barulho, como chocalhos e guizos, também não devem ser utilizados, pois deixam os pets aflitos, especialmente os gatos.”

Além disso, roupinhas muito largas ou justas não devem ser colocadas nos pets, assim como brilhos ou adesivos colados no pelo, uma vez que podem causar alergias ou feridas profundas, segundo a médica-veterinária Juliana Lacerda. “Laços muito apertados podem ocasionar danos no pelo, na pele e dores”, completa.

Cuidado com o barulho!

Nos dias de jogos, é muito comum ter ruídos altos de buzinas de carro, cornetas, fogos, bombinhas e músicas, por exemplo. Como os pets têm a audição aguçada, geralmente eles tentam se esconder ou, em casos mais graves, apresentam tremores intensos, vômito, tentativas de fuga e até mesmo convulsão, revela Juliana Germano.

Para amenizar este cenário e acalmá-los, o tutor pode colocar algodão nas orelhas do animal, segundo as especialistas. Ademais, o uso de remédios homeopáticos, feitos de extratos vegetais e com efeito calmante, também pode ajudar.

“A técnica tellington touch, ou seja, truque do pano, é ótima para tranquilizar os animais nesses momentos. Basicamente, você deve amarrar uma faixa de pano no pet, abrangendo o peitoral e o dorso, no sentido transversal, e finalizando com um nó na área traseira”, diz Juliana Lacerda. A amarração não deve comprometer a circulação do bicho, por isso, não coloque força.

A especialista explica que esta técnica efetua uma pequena pressão ativa no sistema nervoso do pet, desencadeando em relaxamento e segurança.

Se o pet for agitado e ativo, o ideal é levá-lo para um pesseio antes do jogo começar  — Foto: Canva/ CreativeCommons

Se o pet for agitado e ativo, o ideal é levá-lo para um pesseio antes do jogo começar — Foto: Canva/ CreativeCommons

Assistir ao jogo em casa com o pet ou na rua?

É indicado permanecer em casa, pois o bicho já está habituado ao espaço, por isso, ele tende a ficar mais tranquilo. Se o tutor optar por reunir os amigos na residência, é que a rotina do pet não mude bruscamente nesse dia.

Juliana Lacerda explica que, se o animal for muito agitado e ativo, o ideal é levá-lo para passear e brincar fora de casa antes das visitas chegarem, pois, assim, ele se sentirá mais calmo.

Caso o tutor opte por ver o jogo na rua com o animal, é preciso ter os seguintes cuidados: verificar se o estabelecimento é pet friendly; vacinação e antipulgas em dia; manter o pet na coleira e guia e usar caixa de transporte na hora do deslocamento, para garantir a segurança do animal e o cumprimento das leis.

Juliana Germano ainda reforça que o uso de focinheira é obrigatório para raças consideradas antissociais, como pit bull, bull terrier e rottweiler.

O que levar na mala de mão do pet?

Enquanto o tutor belisca uma comida saborosa, o pet também merece ganhar bons petiscos! Por isso, o ideal é levar um alimento que ele goste e esteja acostumado. Água em uma garrafinha e o recipiente para servi-la também é essencial para garantir a hidratação e o bem-estar do pet durante o jogo.

Juliana Germano alerta: “Não sirva alimentos destinados ao consumo humano, como embutidos de carne ou comidas demasiadamente temperadas, pois podem causar complicações na saúde dos pets, como vômitos, infecções intestinais e pancreatite”.

Por fim, é imprescindível que o tutor conheça a personalidade e as características de seu animal. Se ele for medroso, assustado ou estressado, é recomendado pelas especialistas que o pet fique com uma pessoa de confiança do responsável ou em um hotel que tenha supervisão 24 horas.

Dessa forma, caso aconteça alguma urgência, uma pessoa poderá encaminhá-lo para um plantão veterinário.