Comprometimento cognitivo leve: relatório aponta sinais do alzheimer precoce
Todo ano, a organização Alzheimer’s Association divulga um relatório sobre o combate contra o tão temido distúrbio cerebral irreversível e progressivo. Na edição de 2022, publicada na última terça-feira (15), um dos destaques foi o Alzheimer precoce, que pode ser identificado através de vários sinais, como o comprometimento cognitivo leve, por exemplo.
O comprometimento cognitivo leve é como uma porta de entrada para o Alzheimer ou outras condições neurológicas, e costuma ser confundido com o declínio cognitivo que acompanha naturalmente o envelhecimento. Nesse caso, a própria pessoa nota os esquecimentos, assim como as pessoas de sua convivência, mas consegue fazer atividades normalmente. Os principais sintomas são:
- Impulsividade
- Esquecimentos frequentes (desde pequenas coisas a eventos importantes)
- Perda da linha de raciocínio durante conversas
- Sensação de sobrecarga ao tomar decisões, fazer planos ou seguir instruções
- Problemas para encontrar o caminho para lugares que já se conhece
Para conduzir o relatório, a Alzheimer’s Association fez uma pesquisa com 3.201 pessoas. Dentre elas, 80% sequer estavam familiarizadas com o comprometimento cognitivo leve, que atinge 18% das pessoas com 60 anos ou mais. Dos que sabiam sobre a condição, 40% relataram preocupação em desenvolvê-la.
Além disso, 85% dos entrevistados demonstraram interesse em saber precocemente se tinham Alzheimer, para dar início aos tratamentos o mais cedo possível. No entanto, 60% dos participantes não procurariam um médico imediatamente após o surgimento dos sintomas.
Muito se discute acerca das causas do Alzheimer. Recentemente, cientistas descobriram que o quadro clínico pode estar associado a duas condições: acúmulo de placas de proteínas beta-amiloides e desordem de novelos neurofibrilares, composta principalmente por uma proteína chamada tau — que pode matar os neurônios.
Em contrapartida, o tratamento também tem sido uma preocupação de diferentes instituições. Pesquisadores da Case Western Reserve University (EUA) investiram em novas abordagens para tratar Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas ao identificar características específicas em príons (partículas infecciosas constituídas apenas por proteínas filamentares e DNA codificadas a partir de genes especiais que induzem a produção de anticorpos).