Como a Inteligência Artificial apoia a agenda ESG?

ESG não é mais uma tendência. É um vetor inegociável de crescimento, competitividade e acesso a mercados. O que antes era uma pauta reputacional, hoje é critério decisório para investidores, clientes, talentos e conselhos. No Brasil, como exemplo, segundo o estudo “A Maturidade ESG nas Empresas Brasileiras: Avanços e Desafios 2024”, conduzido pela Beon ESG e Aberje, 64% das empresas já reconhecem o ESG como prioridade estratégica. Entretanto, uma constatação precisa ser feita: priorizar na estratégia não significa, necessariamente, executar na prática.
O desafio real não está mais em entender a importância do ESG, e sim em operacionalizar esse compromisso dentro dos processos, da governança e do modelo de negócios, e é aqui que Inteligência Artificial (IA) deixa de ser tendência tecnológica e passa a ser infraestrutura crítica para destravar, acelerar e sustentar essa transformação.
Empresas que dominam a convergência, “ESG + IA” não apenas cumprem sua agenda de sustentabilidade. Elas se tornam mais eficientes, mais rentáveis e mais resilientes, isso porque o ESG, apoiado por IA, não é sobre compliance. É sobre construir empresas que crescem, se perpetuam e geram valor no longo prazo.
Embora não seja uma tecnologia nova, a IA, cada vez mais, tem se mostrado uma importante aliada nas operações. A partir do seu uso, as organizações passam a obter ganhos desde maior eficiência, automatização de tarefas, redução de custos, previsibilidade, análises em tempo real, e controle, entre tantas outras vantagens que podem ser comprovadas através dos resultados conquistados. E, em se tratando do ESG, o recurso ganha ainda mais relevância, visto que pode apoiar a organização nos três pilares que formam o conceito.
O pilar Environmental (ambiental) deixou de ser apenas uma pauta de sustentabilidade e passou a ser uma agenda de sobrevivência empresarial, competitividade e expansão de mercados. Líderes que entendem isso sabem que não se trata apenas de reduzir emissões de carbono, mas de operar modelos produtivos mais eficientes, inteligentes e responsáveis e a Inteligência Artificial entra como protagonista nesse cenário.
Por meio da coleta, processamento e análise massiva de dados ambientais, a IA permite identificar padrões de consumo, prever impactos, otimizar recursos e gerar insights acionáveis que transformam operações de ponta a ponta, em sistemas mais sustentáveis e eficientes e com o aprendizado de máquina se adequar e se corrigir a cada etapa, mas sempre lembrando que onde há impacto ambiental, há, inevitavelmente, impacto social.
As empresas que reduzem desperdícios, controlam emissões e operam com eficiência não apenas cuidam do planeta, cuidam das pessoas, promovem ambientes de trabalho mais seguros, mais éticos e mais alinhados às demandas sociais contemporâneas e fortalecem a relação com colaboradores, comunidades e consumidores, que cada vez mais valorizam empresas comprometidas não só com o meio ambiente, mas com o coletivo.
Já o pilar social não pode mais ser tratado de forma isolada. Ele está diretamente conectado às práticas ambientais (E) e de governança (G), formando uma rede interdependente que define a resiliência, a reputação e a sustentabilidade das empresas, hoje, promover inclusão, saúde, segurança e bem-estar não é apenas uma responsabilidade ética, é uma estratégia de crescimento, retenção de talentos e fortalecimento da cultura organizacional e a Inteligência Artificial se torna uma aliada indispensável nessa construção.
A IA aplicada ao Social significa transformar dados em ações concretas para pessoas, permitindo desde a análise preditiva de segurança no ambiente de trabalho até a construção de programas de desenvolvimento personalizados, que se adaptam às competências, desafios e realidades de cada time, unidade ou operação, indo além, a IA conecta o Social ao Environmental, quando promove ambientes de trabalho mais seguros, saudáveis e eficientes, alinhados com práticas de redução de impacto ambiental e conecta à Governança, assegurando que políticas de diversidade, inclusão, segurança e desenvolvimento humano não fiquem no papel, mas sejam monitoradas, mensuradas e continuamente aprimoradas por meio de dados e inteligência em tempo real.
A governança, que visa garantir transparência, ética, compliance e responsabilidade com a gestão de riscos, é mais um ponto que a IA pode ajudar. Isso porque o recurso tem a capacidade de monitorar e garantir que as operações estejam ocorrendo em conformidade com leis e regulamentos, além de, através da automatização, conseguir analisar dados financeiro e identificar padrões suspeitos de fraudes e/ou atividades ilícitas.
Os exemplos aplicados em cada um dos itens que formam o conceito da agenda ESG são um demonstrativo da flexibilidade e adaptação que a IA possui. Sua atuação em diversos campos tem levado organizações no mundo todo a darem um salto importante na sua gestão. No entanto, para que sua aplicação seja efetiva, é primordial que haja o envolvimento de toda equipe, incluindo a alta gestão.
Isso é, de nada adianta ter um recurso altamente eficaz em mãos, sem que o time esteja preparado para utilizá-lo. Ademais, a liderança tem como um grande desafio desmistificar a ideia equivocada de que a tecnologia irá eliminar a mão de obra, quando, na verdade, ela vem para apoiar e simplificar a jornada de trabalho.
Esse direcionamento que deve ser adotado pelos líderes vem ao encontro do conceito da agenda ESG que visa unir os pilares que precisam ser tratados com prioridades pelas empresas. Afinal, é preciso cuidar do meio ambiente, das pessoas e, sobretudo, ter boas práticas de governança para assegurar resultados.
Contudo, junto com grandes poderes, vem grandes responsabilidades. Embora a IA seja uma ferramenta eficaz, sua utilização requer cuidados desde a real compreensão do objetivo do seu uso até aspectos éticos, os quais envolvem o controle das informações compartilhadas e obtidas até a capacitação dos profissionais, orientando a extração e análise dos dados.
A Inteligência Artificial tem o potencial de deixar a agenda ESG ainda mais eficiente, assertiva e sustentável. Com o seu uso, sem dúvidas, as empresas podem melhorar o seu desempenho e, consequentemente, obter vantagem competitiva no mercado, bem como atrair investimentos, considerando que a organização passa a ser melhor posicionada frente às demais.
Não há como negar que estamos vivendo uma nova era, e a IA segue como protagonista. Deste modo, o quanto antes as organizações integrarem essa tecnologia no dia a dia, melhores serão seus resultados e preparação para cumprir seus deveres, incluindo os três pilares do ESG.
Diego Bortolucci é responsável pela área de SAP S/4HANA da SPS Group.
Sobre a SPS Group:
Localizada em São José dos Campos (SP), a SPS Group atua há mais de 12 anos como uma integradora de tecnologia multinacional brasileira, que se consolidou com operações de SAP Business One, com projetos premiados e reconhecidos internacionalmente por sua excelência e qualidade. Parceira SAP Gold Partner, além de oferecer as soluções do portfólio SAP, também desenvolve internamente extensões tecnológicas adicionais ao B1, com vasto know-how para atendimento de pequenas e médias empresas dos mais diversos setores da economia. Reforçando o compromisso em fornecer soluções tecnológicas de ponta para todo o mercado, a SPS passou a trabalhar também com os recursos de SAP S/4HANA, tanto na versão Public Cloud, quanto Private, apoiando as empresas em uma operação inteligente, com processamentos em tempo real, Machine Learning, análises preditivas e muito mais. Com expertise atestada no segmento de manufatura, a SPS oferece a PlantScanner, uma plataforma voltada para melhorias de desempenho nas atividades de produção, com gestão embarcada no sistema MES (Manufacturing Execution Systems), podendo ser utilizada em qualquer tipo de indústria, independente do segmento ou porte. Ainda, a empresa oferta uma gama de soluções avançadas de backup e segurança da informação, BaaS (Backup As A Service), soluções em nuvem, licenciamento Microsoft, switches de rede, entre outros. Com todos os consultores especialistas certificados pela SAP, o grupo já soma mais de 300 clientes em todo território nacional e internacional, e conta com mais de 230 colaboradores divididos entre as unidades de São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Londrina, Manaus e Rio de Janeiro.