Cientistas descobrem mamífero que brilha escuro mesmo depois de morto
Pesquisadores anunciaram, no início deste ano, o primeiro caso documentado de biofluorescência em um mamífero placentário euro-afro-asiático, mostrando que o caso nestes animais não é algo tão raro assim. A fluorescência acontece quando um animal absorve a luz e a reflete novamente, acontecendo apenas em alguns tipos de mamíferos que habitam ecossistemas completamente diferentes.
O animal da descoberta é uma lebre-saltadora, mamíferos noturnos da família de roedores Pedetidae, que conta com apenas duas espécies vivas. Uma delas é a Pedetes capensis, que vive na África Austral, e a outra Pedetes surdaster, que habita parte da Quênia e da Tanzânia. Esses animais são solitários, fossoriais (que cavam e vivem embaixo do solo), noturnos e habitam áreas semi-áridas.
Erik Olson, líder do estudo, conta que a biofluorescência tem sido observada cada vez mais em uma certa gama de invertebrados, peixes, répteis, anfíbios e pássaros. Biofluorescência consiste da absorção de comprimentos de onda de luz curtas e a reemissão de comprimentos de onda de luz mais longos, como explica o pesquisador.
A descoberta foi feita quando, para conferir a fluorescência dos animais, os cientistas entraram no Museu de História Natural de Chicago com uma lanterna. Um espécime em questão foi a que mais surpreendeu por ser coletada em 1905 e continuar brilhando no escuro por mais de 100 anos. Na sequência, eles também analisaram a lebre-saltadora em vida, no escuro da floresta, descobrindo que ela também apresentam fluorescência, inclusive bem mais forte que os animais mortos.
O estudo completo está disponível na revista científica Scientifc Reports.