Cientista americano defende que plástico é menos de 1% dos resíduos do mundo
Em sua primeira vinda ao Brasil, Chris DeArmitt participou da 5ª edição do Congresso Brasileiro do Plástico e apresentou dados de mais de 4 mil artigos
O 5º Congresso Brasileiro do Plástico – O Paradoxo dos Plásticos, que aconteceu na quinta-feira (12), em São Paulo, atraiu o meio acadêmico, profissionais da área e a sociedade em geral com o anúncio da presença inédita de Chris DeArmitt, PhD, cientista e autor do livro “O Paradoxo do Plástico”, publicação que deu nome ao CBP. Com uma carreira dedicada ao estudo e desenvolvimento de materiais plásticos, DeArmitt é uma das principais vozes globais em defesa dos plásticos como uma solução sustentável, desafiando a visão predominante que associa esses materiais a impactos ambientais. Seu trabalho, fundamentado em dados científicos, busca reorientar o debate público, destacando as inovações e os benefícios dos plásticos na sociedade moderna.
Entre as crenças do especialista, está a ideia de que muitos dos equívocos sobre os plásticos, como a noção de que são os principais vilões ambientais, são fruto de desinformação e campanhas mal direcionadas. Não à toa, o título de sua palestra é Distração do Plástico | Resíduos. A partir da leitura de 4 mil artigos, o cientista concluiu que o plástico representa menos de 1% do material utilizado. O consumo mundial de materiais é de 90 bilhões de toneladas por ano, enquanto materiais plásticos somam 370 mil de toneladas por ano. “Traduzindo, em percentual, são menos de 0,4% em peso e menos de 1% em volume dos materiais que usamos. Por isso que digo com toda certeza que nossos filhos estão sendo enganados nas escolas, e as informações científicas são essenciais para acabar com o mito que o plástico é o grande vilão. Na cadeia, só perde para lã e madeira, que são mais verdes”, ensina o cientista. “Dirigir, voar e comer menos carne é o que podemos fazer pelo meio ambiente, e nós não queremos fazer estes esforços”, complementou DeArmitt.
Quando se fala em combustíveis fósseis, o impacto da logística da embalagem plástica é de apenas 3%, sem riscos de danos. O restante, nesta conta, é o produto e o carbono. Mas é importante dizer que o plástico poupa o uso de combustíveis fósseis, inclusive na comparação com o papel. “Em todas as comparações apresentadas, o plástico é menos prejudicial, se pensarmos em embalagens. É a melhor alternativa, até se considerarmos um cenário com zero reciclagem. O custo de reciclagem é um empecilho, mas a substituição para materiais alternativos das embalagens é ainda mais complexa e um impeditivo para a competitividade”, afirmou o cientista.
DeArmitt finaliza dizendo que, “em vez de optar por alternativas que podem ser ainda mais prejudiciais ao meio ambiente, é preciso explorar o potencial dos plásticos tradicionais, cujos avanços em durabilidade, funcionalidade e reciclagem os tornam fundamentais para um futuro mais sustentável”.
O CONGRESSO BRASILEIRO DO PLÁSTICO (CBP)
Iniciativa do Instituto SustenPlást, o CBP ocorre de modo bianual, tem caráter educativo. É conhecido por ser aberto a toda a sociedade e reunir palestrantes estrangeiros e brasileiros a fim de esclarecer e apresentar informações científicas a respeito do material plástico.
As informações completas sobre o 5º CONGRESSO BRASILEIRO DO PLÁSTICO – O Paradoxo dos Plásticos podem ser acessadas no site cbplastico.com.br. É possível acompanhar através das mídias sociais: Facebook, Instagram, YouTube e LinkedIn.
INFORMAÇÕES À IMPRENSA – 5º CONGRESSO BRASILEIRO DO PLÁSTICO – O Paradoxo dos Plásticos
Fernanda Arantes | fernanda.arantes@grupovirta.
Jaqueline Oliveira | jaqueline.oliveira@grupovirta.
