CEPAN e parceiros se destacam em projeto de Incrementando a Conectividade Estrutural na Paraíba
O Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (CEPAN), a Japungu Agroindustrial, a Ecosia e EcoOcelot tem realizado um trabalho ambiental de excelência com o projeto de Incrementando a Conectividade Estrutural no Corredor Pacatuba-Gargaú–PB. Com previsão de duração até 2022 o projeto visa plantar 500 mil árvores, utilizando diversas técnicas de restauração florestal.
A técnica de conectividade estrutural tem como meta o aumento da quantidade de cobertura florestal e ligação de fragmentos de floresta para facilitar a movimentação de espécies da flora e da fauna.
A iniciativa terá atuação em Áreas de Proteção Permanente (APPs) dos Rios Jacuípe e Japungu, além de áreas prioritárias para conexão entre fragmentos floresais entre as duas RPPNs – Fazenda Pacatuba e Engenho Gargaú.
Aumentar a conectividade entre as RRPNs Engenho Gargaú e Fazenda Pacatuba, dois dos remanescentes florestais mais importantes do estado da Paraíba, é necessário para garantir a sobrevivência destas espécies e incrementar, também, benefícios para a população (água, polinização, frutos, controle climático).
O projeto tem um valor ambiental imensurável e uma prova da importância da iniciativa é que só a Usina Japungu abriga diversas espécies globalmente ameaçadas de extinção, como o Macaco-Prego-Galego (Sapajus flavius), ameaçadas de extinção devido à perda de habitat natural.
São utilizados três métodos de restauração: plantio de mudas, semeadura direta e condução e regeneração natural. No plantio de mudas existe a utilização de mudas de espécies nativas para plantio total (áreas totalmente cobertas por gramíneas), enriquecimento (áreas em restauração com baixo número de espécies) ou adensamento (aumento da quantidade de plantas em áreas muito espaçadas). Já semeadura direta é umm método inovador de restauração que consiste na utilização de um mix de sementes de espécies nativas e fertilizantes (também conhecido como “muvuca”). A muvuca é semeada após a preparação do solo, como forma de substituir a utilização de mudas. E a condução de regeneração natural envolve a eliminação ou controle de fatores que impedem uma área de voltar naturalmente a ser uma floresta. Exemplos: cercamento para evitar acesso de pessoas e de animais, que causam pisoteamento e compactação do solo; controle de gramíneas que impeçam a germinação de espécies nativas, dentre outros.
Em 2020, o projeto restaurou 31 hectares de Mata Atlântica no Corredor Pacatuba-Gargaú, totalizando 110 mil novas árvores. Foram seis hectares de plantio de mudas e 25 hectares de regeneração natural.