A coleta de lixo no Brasil é um desafio nacional, que enfrenta diversas problemáticas complexas, resultando em sérios danos ao ambiente, à saúde pública e à economia. Com o descarte incorreto e a falta de saneamento básico, fazem com que milhares de brasileiros convivam com os resíduos, obrigando muitas famílias procurarem uma maneira ilegais de se livrarem deles, diante do sistema que não oferece uma coleta correta ou até mesmo caçambas próprias para descarte.
De acordo com o Censo 2022, cerca de 18,4 milhões de brasileiros fazem o descarte final em suas próprias casas ou em terrenos baldios. Além disso, 15,9 milhões preferem queimar o lixo em suas propriedades e mais de meio milhão o enterra no entorno das moradias. Esses dados mudam de acordo com a região, sendo que alguns possuem uma coleta efetiva, enquanto outros o déficit é bem maior.
Entenda as problemáticas em torno do descarte errado o lixo
Segundo os dados computados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar dos números alarmantes, houve um aumento da coleta direta ou indireta de lixo nas últimas décadas. Dados dos anos 2000, mostram que 76,4% da população era atendida pelo serviço, enquanto em 2010, esse número aumentou para 85,8% e chegou aos 90% em 2023.
Mas, ainda há diferenças entre os estados e como cada governo melhorou essa situação. Em São Paulo, a população do estado tem 99% do seu lixo recolhido, enquanto em Maranhão, esse índice é de 69,8%, tendo o pior indicador entre todas as unidades federativas.
Lembrando que, não é indicado enterrar lixo em casa, pois a decomposição dos resíduos liberam substâncias tóxicas e o chorume (líquido escuro e malcheiroso), pode contaminar o solo e, eventualmente, atingir lençóis freáticos, comprometendo a qualidade da água para consumo humano e animal.