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Biofertilizante é alternativa em Petrolina com aumento de preços pela guerra na Ucrânia

Biofertilizante é alternativa em Petrolina com aumento de preços pela guerra na Ucrânia

Feito a partir de pedras extraídas em jazidas pernambucanas, fertilizante se tornou saída para os produtores rurais que já estavam sofrendo com a crise mundial, que fez os preços dos insumos agrícolas dispararem nos últimos anos.

Uma das consequências econômicas dessa guerra na Ucrânia foi o encarecimento de fertilizantes agrícolas produzidos lá. Por isso, a importância de uma alternativa que tem ajudado agricultores brasileiros no interior de Pernambuco.

A matéria-prima vem do oceano.

“Esses rodolitos marinhos são ricos em cálcio, magnésio e outros compostos”, diz o empresário José Ramos.

Os rodolitos marinhos são pedras extraídas em jazidas do litoral fluminense. O uso regular é autorizado no Brasil mediante licença.

Os minerais são transformados em biofertilizante em uma fábrica em Petrolina, no Vale do São Francisco, em Pernambuco. São produzidos 3 mil quilos por dia. Até o fim do ano, deve passar para 10 mil quilos.

O fertilizante fabricado lá se tornou uma saída para os produtores rurais da região que estavam sofrendo com a crise mundial, que fez os preços dos insumos agrícolas dispararem nos últimos anos.

O conflito entre Rússia e Ucrânia, que são grandes exportadores de fertilizantes, aumentou ainda mais a dificuldade de conseguir o insumo no mercado internacional. O biofertilizante custa um quarto do valor do produto importado e tem sido usado, principalmente, em plantações de manga e uva em Petrolina.

“São produtos de origem natural, nada químico, de custo bastante acessível, e com muita tecnologia envolvida. Nós tivemos incrementos significativos na produtividade, na própria qualidade, principalmente pós-colheita”, destaca o produtor rural André Pavesi.

O gerente de plantação José Antônio dos Santos diz que o biofertilizante melhorou o rendimento da plantação de uva e ainda ajudou a controlar as pragas.

“A gente sentiu na planta uma melhoria, além de fortalecer a baga da uva, está melhorando também a questão da cigarrinha, o controle da cigarrinha, e o custo-benefício melhorou bastante para a gente. A gente está tendo um custo-benefício de uns 30% em relação aos produtos que eram importados”, afirma.