Baixa umidade do ar facilita propagação dos focos de queimada em grande parte do Brasil

O incêndio destrói a mata fechada nas proximidades do Parque Nacional Serra do Gandarela, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Bombeiros usam helicópteros para pegar água em uma lagoa e despejar nos focos.

Em Minas Gerais, os bombeiros registraram 1.865 ocorrências de incêndios florestais, de 1º a 15 de agosto. O tempo está muito seco e em algumas regiões do estado não chove há quatro meses. E o vento forte nesta época do ano e a vegetação também seca colaboram para o aumento das queimadas.

O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta de perigo de baixa umidade do ar em 326 cidades de oito estados, além do Distrito Federal. Nessas regiões, a umidade tem ficado entre 12 e 20%, enquanto o ideal, segundo a Organização Mundial da Saúde, é acima de 60%.

“Esse ano a gente teve um adiantamento da estação seca, então, a chuva praticamente em meados de março terminou. Se a chuva demorar muito em setembro, provavelmente a gente tende a ter efeitos bem graves de queimadas e incêndios durante o mês de setembro também”, explica o meteorologista Lizandro Gemiacki, coordenador do Instituto Nacional de Meteorologia em BH.

“A gente pede atenção da população vizinha das áreas para que tome bastante cuidado com queimadas, principalmente para limpeza de terrenos. O meio ambiente é severamente afetado. A fauna, a flora está sempre sendo prejudicada nesse aspecto”, diz o tenente do Corpo de Bombeiros de MG, Henrique Fonseca.