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Atividade física reduz risco de câncer de mama, reforça grande estudo

Atividade física reduz risco de câncer de mama, reforça grande estudo

Embora a prática da atividade física e a redução do tempo sedentário sejam comumente relacionados com um menor risco de ocorrência de câncer de mama, o papel da inatividade física em si só aparece em estudos observacionais, sem nenhuma atribuição de causalidade na exposição modificável da doença.

Recentemente, pesquisadores de 143 instituições mundiais utilizaram um método conhecido como randomização mendeliana para avaliar se a atividade física ao longo da vida ou o tempo sedentário – aqui avaliado pelo genótipo – “podem estar causalmente associados ao risco de câncer de mama geral”, diz o estudo.

Nesse sentido, o projeto usou dados de casos-controle (estudos observacionais) do fórum de pesquisa Breast Cancer Association Consortium. Foram analisados em nível individual dados de 130.957 mulheres europeias (sendo 69.838 casos invasivos) para simular grupos de ensaios randomizados pelo genótipo.

Fonte: Shutterstock/Reprodução.Exames periódicos podem ajudar na prevenção e no agravamento da doença (crédito: Shutterstock)Fonte:  Shutterstock 

Qual a relação entre sedentarismo e risco de câncer de mama?

Em entrevista ao site Medical News Today, uma das autoras do estudo, a dra. Brigid Lynch do Cancer Council Victoria, na Austrália, explicou que “a principal maneira pela qual a atividade física reduz o risco de câncer de mama é diminuindo os níveis de hormônios esteroides sexuais – níveis mais baixos de estrogênios e andrógenos estão relacionados a um menor risco de câncer de mama”.

Embora os estudos observacionais tenham produzido resultados conflitantes sobre o papel do tempo sentado, diz a dra. Lynch, “este estudo de randomização mendeliana sugere que longos períodos sentados aumentam o risco de câncer de mama.

A pesquisa mostrou que níveis mais altos de atividade física geneticamente previstos estavam relacionados a um risco 41% menor de câncer de mama invasivo. Já as variantes genéticas que predispõem mulheres a ficarem mais tempo sentadas foram associadas a um risco 104% maior de câncer de ruptura triplo-negativo. No entanto, evidências que ligam sedentarismo a maior risco de câncer mostraram-se fracas.

ARTIGO British Journal of Sports Medicine – DOI: 10.1136/bjsports-2021-105132.