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Asfalto de plástico reciclado chega às estradas do Brasil

Asfalto de plástico reciclado chega às estradas do Brasil

Já imaginou dirigir por uma rodovia pavimentada por… embalagens plásticas? Parece estranho, mas isso não só é plenamente possível como já é real! Um trecho da Rodovia Washington Luís, que liga Rio Claro a São Carlos (SP), tem agora esse tipo único de asfalto entre os quilômetros 170 e 171.

Também chamada de “Plastic Road”, a tecnologia que envolve este experimento tem tudo para tornar o processo de produção de asfalto mais sustentável, o que representa um avanço significativo em aspectos ambientais e econômicos.

Como se faz um asfalto de plástico?

O processo de produção é exatamente o mesmo em comparação a rodovias construídas com outros tipos de asfaltos modificados. Antes de serem incorporadas ao asfalto, embalagens plásticas flexíveis utilizadas para proteger bolachas, pães, biscoitos, salgadinhos, entre outros são lavadas e cortadas em pequenos pedaços para facilitar o processo. Depois, elas são moídas até se transformarem em grãos bem pequenos e misturados ao asfalto líquido. Na sequência, esse ligante misturado com plástico é enviado à usina de asfalto, onde ocorre a mistura com pedras em altas temperaturas até atingirem a consistência ideal para aplicação na via, cuja composição é de aproximadamente 95% de pedras e 5% de asfalto.

Após todas essas etapas e com todos os controles e testes laboratoriais realizados, o asfalto com plástico fica pronto para a pavimentação.

Para esse projeto em específico, as medições e simulações realizadas durante os ensaios de desenvolvimento em escala de laboratório mostraram que a composição com o plástico entrega no mínimo 30% a mais de durabilidade e performance, o que significa conseguir suportar cargas mais pesadas e um fluxo de trânsito mais intenso.

Além de dar bom uso aos resíduos plásticos e mantê-los fora dos aterros, o pavimento modificado com plástico pós consumo pode ajudar a reduzir a emissão de gases de efeito estufa, consumo de energia e necessidades de recapeamento. O Brasil tem mais de 1,7 milhão de km, dos quais pouco mais de 10% desse total é pavimentado. Se essa tecnologia for utilizada em todas as rodovias asfaltadas, mais de 80 bilhões de embalagens plásticas poderão ser eliminadas do meio ambiente.

Vida nova também aos copos descartáveis

A tecnologia “Plastic Road” foi inaugurada em 2019, na Cidade do México. Por lá, foram utilizados quase uma tonelada de plástico pós-consumo, o que equivale a 250 mil embalagens plásticas flexíveis.

Por aqui, uma empresa que toma para si a missão de valorizar a cadeia do plástico através do desenvolvimento de tecnologias que permitem dar uma nova vida a esses resíduos é a Braskem que, em parceria com a Dinâmica Ambiental e o apoio das empresas Copobras, Altacoppo, Unigel e Innova, criou em 2018 o Programa de Reciclagem de Copos Descartáveis.

A ação tem como objetivo incentivar organizações a destinarem corretamente os copos plásticos após o seu uso, além de também disseminar informações e boas práticas sustentáveis junto aos colaboradores. Esses resíduos são coletados pela equipe da Dinâmica Ambiental e transformados em resina pós-consumo. Após passar por este processo, o plástico ganha nova vida, podendo ser aplicado nos segmentos de tampas de cosméticos e produtos de limpeza, utilidades para o lar, na indústria automotiva ou moveleira e na fabricação de eletrodomésticos e bicicletas.

E se você também deseja fazer parte dessa solução, entre em contato com a nossa equipe e peça mais informações sobre como a sua empresa pode contribuir com a economia circular.